Ansiedade - Tristeza x Depressão - Tipos de depressão - Transtorno depressivo maior - Depressão bipolar - Depressão atípica - Depressão sazonal e outras




Ansiedade 







Olhe para dentro, para as suas profundezas. Aprenda primeiro a se conhecer” Freud



Um busto de mármore do Imperador Romano Decius, do Museu Capitolino. 

Este retrato "transmite uma sensação de ansiedade e cansaço, como de um homem que carrega pesadas responsabilidades [de Estado]"

A ansiedade é uma emoção caracterizada por um estado desagradável de agitação interior, muitas vezes acompanhada de comportamento nervoso, como o de se embalar de trás para a frente. 

É o sentimento desagradável de terror por eventos antecipados, tal como a sensação de morte iminente. Ansiedade não é o mesmo que medo. 

O medo é uma resposta a uma ameaça real ou percebida, enquanto a ansiedade é a expectativa de uma futura ameaça. 

A ansiedade é um sentimento de inquietação e preocupação, geralmente generalizado e sem foco, como uma reação exagerada a uma situação que é apenas subjetivamente vista como ameaçadora. 

É muitas vezes acompanhada por tensão muscular, inquietação, fadiga e problemas de concentração. 


A ansiedade pode ser apropriada, mas quando experimentada regularmente, o indivíduo pode sofrer de transtorno de ansiedade. 

ansiedade é uma emoção caracterizada por um estado desagradável de agitação interior, muitas vezes acompanhada de comportamento nervoso, como o de se embalar de trás para a frente. 

É o sentimento desagradável de terror por eventos antecipados, tal como a sensação de morte iminente. 

Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho. 

O medo é uma resposta a uma ameaça real ou percebida, enquanto a ansiedade é a expectativa de uma futura ameaça. 

A ansiedade é um sentimento de inquietação e preocupação, geralmente generalizado e sem foco, como uma reação exagerada a uma situação que é apenas subjetivamente vista como ameaçadora. 

É muitas vezes acompanhada por tensão muscular, inquietação, fadiga e problemas de concentração. 

A ansiedade pode ser apropriada, mas quando experimentada regularmente, o indivíduo pode sofrer de transtorno de ansiedade. 


No início do século XX, a expressão “melancolia” passa a ser mais empregada do que depressão, devido à obra de Freud intitulada “Luto de melancolia”. 

Mesmo assim: “Freud admite a fragilidade do conceito de melancolia, o qual não tinha sido, até então, determinado, nem sequer na psiquiatria descritiva” (CARVALHO; ASSIS, 2016, p. 155).

Atualmente, a melancolia cede espaço para depressão, termo introduzido pela psiquiatria, o qual implica “diminuição”, “redução”. A expressão aplica-se a um estado de doença, diferentemente da melancolia, que seria uma forma de marcar a tristeza. Como a tristeza, agora vista como depressão, entra em cena no contexto do mal-estar contemporâneo? (CARVALHO; ASSIS, 2016, p. 155)

A depressão é um mal-estar contemporâneo devido a castração simbólica, sendo a contemporaneidade um terreno fértil para as surpresas e imprevisibilidades, onde os valores que orientam o mundo já não são mais estáticos e as coordenadas que constituem o sujeito estão viradas de ponta cabeça pelas transformações sociais.





Condições de saúde associados a sintomas de ansiedade 

Cardiovasculares: síndrome coronariana aguda, arritmia, insuficiência cardíaca 

Neurológicas: epilepsia, tremor essencial, encefalopatia, demência, enxaqueca 

Pulmonares: DPOC, asma, apneia do sono, embolia pulmonar 

Endocrinológicas: hipertireoidismo, hipotireoidismo, hiperparatireoidismo, hipoglicemia, feocromocitoma, menopausa, doença de Addison, doença de Cushing, cetoacidose diabética, hipercalcemia, hiperprolactinemia, hiperandrogenismo 

Diversas: anemia, delirium, espasmo esofágico, deficiência de ácido fólico, gastrite, intoxicação alimentar, doença do refluxo gastroesofágico, síndrome do intestino irritável, insônia, SIADH 

Fonte: TelessaúdeRS-UFRGS (2017). 


“As emoções não expressas nunca morrem. Elas são enterradas vivas e saem de piores formas mais tarde”

essa represa acaba atingindo um teto e explode em ações comportamentais e psíquicas agressivas. Em consequência, acabam:

  • Desenvolvendo traumas;
  • São muito passíveis de problemas psíquicos;
  • Não desenvolvem adequadamente um boa relação com os demais.



Transtorno de ansiedade 

As perturbações de ansiedade ou transtornos de ansiedade são um grupo de perturbações mentais caracterizadas por sentimentos de ansiedade e medo. 

A ansiedade corresponde à preocupação com acontecimentos futuros, enquanto o medo é uma reação aos acontecimentos do presente. Estes sentimentos podem causar sintomas físicos, como ritmo cardíaco acelerado ou tremores. 

Existem várias perturbações de ansiedade conforme as causas dos sintomas, incluindo perturbação de ansiedade generalizada, fobias específicas, agorafobia, perturbação de ansiedade social, perturbação de ansiedade de separação e perturbação de pânico. É frequente as pessoas apresentaram mais de uma perturbação de ansiedade. 

As perturbações de ansiedade são causadas por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. 

Entre os fatores de risco estão um historial de abuso infantil, antecedentes familiares de perturbações mentais e pobreza. 

As perturbações de ansiedade ocorrem muitas vezes a par de outras perturbações, sobretudo perturbação depressiva major, perturbações de personalidade e perturbações induzidas pelo consumo de drogas. 

Para o diagnóstico ser confirmado, é necessário que os sintomas estejam presentes durante pelo menos seis meses, que sejam mais intensos do que aquilo que seria expectável para a situação e que diminuam a função. 

Entre outras condições médicas e psiquiátricas que podem causar sintomas semelhantes estão o hipertiroidismo, doenças cardiovasculares, consumo de cafeína, tabaco ou canábis e a abstinência de determinadas drogas. 

Sem tratamento, as perturbações de ansiedade tendem a permanecer. 


O tratamento pode consistir em alterações do estilo de vida, psicoterapia e medicamentos. A psicoterapia consiste geralmente em terapia cognitivo comportamental. 

Os medicamentos, como os antidepressivos ou os betabloqueadores, podem melhorar os sintomas. 

As perturbações de ansiedade ocorrem com o dobro da frequência em mulheres do que em homens e têm geralmente início antes dos 25 anos de idade. Em dado ano, cerca de 12% das pessoas são afetadas por uma perturbação de ansiedade. 

As mais comuns são as fobias específicas, que afetam 12% das pessoas em algum momento da vida, e a perturbação de ansiedade social, que afeta 10%. As perturbações de ansiedade afetam de forma mais comum as pessoas entre os 15 e os 35 anos de idade e tornam-se menos comuns após os 55 anos. 

A prevalência aparenta ser maior nos Estados Unidos e na Europa. 


Transtorno de ansiedade generalizada - TAG

O transtorno de ansiedade generalizada, perturbação de ansiedade generalizada ou desordem de ansiedade generalizada caracteriza-se por um estado de ansiedade excessiva persistente que não depende do contexto e é desproporcional aos fatos que ocorrem na maior parte dos dias por um período de pelo menos 6 meses. 


O transtorno é diagnosticado segundo os critérios do DSM-5. 

É normal e útil ter ansiedade, mas nesse transtorno a preocupação é tão excessiva que prejudica as diversas áreas da vida (profissional, familiar, social e acadêmica). 

Os muito ansiosos constantemente imaginam desastres relacionados a saúde, dinheiro, morte, problemas de família e problemas sociais. 



O que é Depressão? 

A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. Pessoas que sofrem com distúrbios de depressão apresentam uma tristeza profunda, perda de interesse generalizado, falta de ânimo, de apetite, ausência de prazer e oscilações de humor que podem culminar em pensamentos suicidas. Por isso, o acompanhamento médico é imprescindível o tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado. 

A depressão atinge mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

No Brasil, a estimativa é que 5,8% da população seja afetada pela doença. 

Tristeza x Depressão 

Há uma grande diferença entre tristeza e depressão. 

A tristeza pode ocorrer desencadeada por algum fato do cotidiano, onde a pessoa realmente sofre com aquilo até assimilar o que está acontecendo e geralmente não dura mais do que quinze a vinte dias. 

Já a depressão se instala e se não for tratada pode piorar e passar por três estágios: 
  1. leve, 
  2. moderada e 
  3. grave. 

Geralmente a pessoa pode apresentar dois ou mais dos seguintes sintomas: 
  • Apatia 
  • Falta de motivação 
  • Medos que antes não existiam 
  • Dificuldade de concentração 
  • Perda ou aumento de apetite 
  • Alto grau de pessimismo 
  • Indecisão 
  • Insegurança 
  • Insônia 
  • Falta de vontade em fazer atividades antes prazerosas 
  • Sensação de vazio 
  • Irritabilidade
  •  Raciocínio mais lento 
  • Esquecimento 
  • Ansiedade 
  • Angústia. 

Além disso, o indivíduo pode apresentar alguns sintomas físicos que os médicos não conseguem encontrar causas aparentes, como: 
  • Dores de barriga 
  • Má digestão 
  • Azia 
  • Constipação 
  • Flatulência 
  • Tensão na nuca e nos ombros 
  • Dores de cabeça 
  • Dores no corpo 
  • Pressão no peito. 

A tendência a tirar a própria vida está relacionada a alguns fatores, sendo os mais importantes os seguintes: 

  • A gravidade do quadro depressivo: nos quadros depressivos graves, a porcentagem de tentativa de suicídio é muito mais elevada 
  • O uso de álcool e drogas: que podem causar estados depressivos pós uso e são extremamente graves, pois potencializam estados depressivos já existentes 
  • Situações existenciais pessoais com uma somatória de fatores: idade, presença de uma doença crônica ou terminal, desesperança 
  • Presença de traumas psicológicos como os abusos sexuais infantis.

Qualquer pessoa que tenha um agravamento muito severo de um quadro depressivo, a ponto de não querer mais viver (mesmo que não mencione se matar), é um candidato em potencial ao suicídio. 

Tipos de depressão 

Existem diversos tipos de distúrbios de depressão. 

Os mais comuns são: Episódio depressivo 

Um episódio depressivo costuma ser classificado como um período de tempo em que a pessoa apresenta uma alteração em seu comportamento, passando por um episódio depressivo apresenta sintomas da síndrome depressiva, como: 
  • Humor deprimido 
  • Falta de energia 
  • Falta de iniciativa e vontade 
  • Falta de prazer 
  • Alteração do sono 
  • Alteração do apetite 
  • Lentificação do pensamento 
  • Lentificação motora. 

Estes quadros tendem a ter uma duração mais curta, de até seis meses, sem uma intensificação dos sintomas. 

Transtorno depressivo maior 

Se uma pessoa começa a ter quadros depressivos recorrentes ou mantém os sintomas de depressão por mais de seis meses com uma intensificação do quadro, pode-se considerar que ela esteja passando por um transtorno depressivo maior. 

Normalmente o transtorno depressivo maior é um quadro mais grave e também tem grande relação com a herança genética. 

Nele há uma mudança química no funcionamento do cérebro, que pode ser desencadeada por uma causa física ou emocional. 

Depressão bipolar 


As fases de depressão dentro do transtorno bipolar também são consideradas um subtipo de depressão. 

Os sintomas apresentados na fase de depressão são os mesmos de um episódio depressivo. 

Já nas fases de euforia, o paciente pode apresentar sintomas como: 

  • Agitação 
  • Ocupação com diversas atividades 
  • Obsessão com determinados assuntos 
  • Aumento de impulsividade 
  • Aumento de energia 
  • Desatenção 
  • Hiperatividade. 


Distimia Distimia é uma forma crônica de depressão, porém menos grave do que a forma mais conhecida da doença. Com a distimia, os sintomas de depressão podem durar um longo período de tempo - muitas vezes, dois anos ou mais. 

O paciente com distimia pode perder o interesse nas atividades diárias normais, se sentir sem esperança, ter baixa produtividade, baixa autoestima e um sentimento geral de inadequação. 

As pessoas com distimia são consideradas excessivamente críticas, que estão constantemente reclamando e são incapazes de se divertir. 

Entenda melhor sobre a distimia. 


Depressão atípica
 

Normalmente os quadros de depressão costumam ser melancólicos, em que o paciente apresenta principalmente tristeza e pensamentos de morte, desesperança e inutilidade. 

A depressão pode ser atípica quando há predomínio de falta de energia, cansaço, aumento excessivo de sono e o humor apático. 

A depressão atípica afeta homens e mulheres.

Não há causas específicas que desencadeiem esta condição. 

Especialistas afirmam que, geralmente, ela aparece como uma combinação de fatores genéticos e traumas sofridos ao longo da vida.

O tratamento inclui múltiplas abordagens.

 Medicação, terapia, apoio de amigos e familiares e mudanças nos hábitos diários ajudam o paciente a se sentir melhor. 

Caso você conheça alguém vivenciando a depressão atípica, seja gentil e paciente. A solidariedade é sempre bem-vinda em tempos difíceis.


Depressão atípica como um fardo e peso
 sobre os ombros simbolizados por depressão atípica verbal sobre uma bola de aço para mostrar o aspecto negativo da depressão atípica 3d ilustração.




Depressão sazonal 

O maior exemplo de depressão sazonal são os episódios de tristeza relacionados ao inverno, que ocorrem devido à baixa exposição à luz solar. 

Existem outros tipos de depressões sazonais, ligadas às épocas do ano, por exemplo, durante as festas de final de ano onde os níveis de estresse acabam aumentando. 

Fique atento com períodos de tristeza de desânimo que acontecem em períodos épocas específicas - sempre que está frio ou sempre próximo de uma data específica, por exemplo. 

A desordem afetiva sazonal (DAS) afeta substancialmente mais as mulheres do que os homens, indicou um estudo recente.
 
A SAS normalmente inicia no outono e pode prolongar-se até ao início do verão e caracteriza-se por um conjunto de sintomas como depressão, falta de energia, fadiga e falta de interesse nas atividades que normalmente dão prazer ao indivíduo, ou anedonia. 



Depressão pós-parto 

A depressão pós-parto ocorre logo após o parto. 

Os sintomas incluem tristeza e desesperança. Muitas novas mães experimentam alterações de humor e crises de choro após o parto, que se desvanecem rapidamente. 

Elas acontecem principalmente devido às alterações hormonais decorrentes do término da gravidez. No entanto, algumas mães experimentam esses sintomas com mais intensidade, dando origem à depressão pós-parto. 

A depressão pós-parto é um transtorno psicológico que pode surgir logo após o nascimento do bebê ou até cerca de 6 meses após o parto e que é caracterizado pela tristeza constante, falta de interesse no bebê, baixa auto-estima, desânimo e sentimentos de culpa. 

Essa situação pode ser desencadeada pelo medo de se tornar mãe, devido ao aumento da responsabilidade, dificuldades no relacionamento ou estresse durante a gravidez.

O estudo constatou que o risco de depressão é menor entre os mais jovens e mais velhos e atinge seu ponto mais alto na meia-idade, aos 40 anos.

 "Acontece com homens e mulheres, solteiros e casados, ricos e pobres, com ou sem filhos", esclarece o economista Andrew Oswaldtomas

Os sintomas de depressão pós-parto podem surgir logo após o parto, ou até um ano após o nascimento do bebê, e geralmente incluem:

  • Tristeza constante;
  • Sentimento de culpa;
  • Baixa auto-estima;
  • Desânimo e cansaço extremo;
  • Pouco interesse pelo bebê;
  • Incapacidade para cuidar de si e do bebê;
  • Medo de ficar sozinha;
  • Falta de apetite;
  • Falta de prazer nas atividades diárias;
  • Dificuldade para pegar no sono.

Nos primeiros dias e até ao primeiro mês de vida do bebê, é normal que a mulher apresente alguns destes sintomas, pois a mãe necessita de tempo para se adaptar às necessidades do bebê e às mudanças na sua vida. 

Porém, quando os sintomas de depressão pós-parto se mantêm por 2 semanas ou mais, é aconselhável consultar um psiquiatra para avaliar a situação e iniciar o tratamento adequado. Se existe a suspeita desse transtorno.


Sintomas de depressão pós-parto no homem


A depressão masculina é um problema sério, principalmente porque muitos casos não recebem tratamento adequado. 

Cerca de 10% a 17% dos homens sofrerão de depressão em algum ponto de suas vidas, mas apenas uma fração deles buscará tratamento. 

Isto acontece, em grande parte, porque os homens são conhecidos por mascararem a depressão.

Os homens também podem apresentar depressão pós-parto, podendo os sintomas serem percebidos desde o final da gestação até o primeiro ano de vida do bebê. 

O homem normalmente apresenta irritabilidade e impaciência, tristeza, pensamentos negativos, falta de vontade para conviver com outras pessoas, choro fácil e constante, falta de apetite e ansiedade, por exemplo. Além disso, o homem pode ter falta de atenção e, no caso de ter outros filhos, ter dificuldade para se relacionar com seus filhos.

Geralmente, os sintomas de depressão pós parto nos homens estão relacionados com o aumento de responsabilidades, relacionadas com fornecer uma boa vida ao bebê e dar suporte emocional à esposa. Assim, o homem com sintomas de depressão pós-parto também deve consultar um psicólogo ou psiquiatra para iniciar o tratamento adequado.

  • A depressão pode parecer raiva.
  • Os homens tendem a ficar calados.
  • Eles sentem mais cansaço.
  • Eles têm menos probabilidade de receber diagnóstico de depressão de um médico.
  • A depressão diminui o desejo sexual.
  • Os homens são mais propensos a morrer por suicídio.

Como deve ser o tratamento

O tratamento para a depressão pós-parto, tanto da mulher quanto do homem, deve ser feito preferencialmente por meio de medidas naturais, como terapia, exercícios e alimentação saudável e equilibrada, principalmente no caso da mulheres, isso porque algumas substâncias presentes nos medicamentos antidepressivos podem passar para o bebê através do leite.




Depressão psicótica
 

A depressão psicótica alia os sintomas de tristeza a outros menos típicos, como delírios e alucinações. Este é considerado um tipo de depressão grave, mas costuma ser raro. 

No entanto, qualquer pessoa pode desenvolvê-lo, e não só quem tem histórico de psicoses na família. 

Afinal, o que é depressão psicótica? Bem, para isso é interessante consultar a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID). 

A depressão grave com sintomas psicóticos está catalogada sob o código F33.2 e caracterizada como “Transtorno depressivo recorrente”.

Sintomas da depressão psicótica:

  • Tristeza profunda;
  • Humor deprimido;
  • Falta de interesse;
  • Baixos níveis de energia;
  • Dificuldade de concentração;
  • Insônia;
  • Alterações no apetite ou peso;
  • Pensamentos de morte ou suicídio;
  • Agitação;
  • Delírios e alucinações.

Sintomas de Depressão 

São sintomas de depressão: 

  • humor depressivo ou irritabilidade,
  • ansiedade e angústia 
  • desânimo, 
  • cansaço fácil, 
  • necessidade de maior esforço para fazer as coisas 
  • diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis 
  • desinteresse, falta de motivação e apatia 
  • falta de vontade e indecisão 
  • sentimentos de medo, 
  • insegurança, 
  • desesperança, 
  • desespero, 
  • desamparo e vazio 
  • pessimismo, 
  • ideias frequentes e desproporcionais de culpa, 
  • baixa autoestima, 
  • sensação de falta de sentido na vida, 
  • inutilidade, ruína, 
  • fracasso,
  • doença ou morte. 


Transtornos mentais e a deficiência psicossocial 

Todos nós experimentamos, em determinadas situações da vida, sentimentos como: 
  • tristeza, 
  • ansiedade,
  • nervosismo, 
  • medo, 
  • vontade de ficar sozinho, 
  • desesperança, 
  • sensação de que alguém está querendo nos fazer algum mal, 
  • alterações constantes de humor e etc.. 

Todas essas alterações de humor e pensamentos podem estar compreensivelmente relacionadas a circunstâncias de vida sobre a qual temos pouco controle ou que não podemos prever as consequências com exatidão. 

  • a conquista de um novo emprego pode nos deixar ansiosos, 
  • a perda de um ente querido pode nos abater, 
  • experiências próximas de assalto e violência podem nos deixar amedrontados, 
  • o término de um relacionamento pode nos desestabilizar. 

Toda vez que somos acometidos por circunstâncias desse tipo nossas vidas ficam mais difíceis e isso ocorre, porque nesses momentos nossas prioridades mudam para aquilo que exige urgência. 

Assim, uma pessoa que está imerso em seu trabalho pode interrompê-lo imediatamente se receber uma ligação avisando que sua mãe está internada em estado grave, por exemplo. 

Nesse exemplo, a urgência do estado de saúde da mãe muda o foco da pessoa por meio de uma onda de sentimentos e pensamentos que tornam inviável a retomada das atividades laborais naquele momento. 

Isso pode se resolver se a pessoa descobre que não se trata de nada grave ou se intensificar se descobrir que o caso é grave. 

Tudo isso é muito evidente, mas ilustra o fato essencial: toda circunstância que provoca um forte abalo emocional gera uma onda de reações internas com sentimentos e pensamentos que interferem na nossa capacidade de trabalhar, relacionar, funcionar e escolher. 

Tendo isso em mente, podemos nos aproximar das experiências de uma pessoa com transtorno mental. 

Quando falamos de um transtorno mental de caráter crônico e persistente sabemos que o indivíduo se deparara com uma ou mais barreiras que limitam sua igualdade de participação plena na sociedade e, portanto, considera-se este indivíduo com deficiência psicossocial

Assim, desde então, a definição do conceito de pessoa com deficiência tem possibilitado amparar, à luz da legislação ,as pessoas que sofrem com transtornos mentais crônicos como, por exemplo:

  • esquizofrenia, 
  • transtorno bipolar, 
  • autismo, 
  • epilepsia e depressão 

Até então, ficavam à margem da sociedade devido as barreiras sociais impostas: esti
  • relações interpessoais, 
  • estigmas
  • preconceito, 
  • acesso à saúde, 
  • fatores de proteção, etc. 

Desde 1980, a primeira versão da Classificação Internacional de Funcionalidades publicada pela Organização Mundial de Saúde buscava unificar a compreensão da “consequência da doença” como uma forma de avaliar o impacto da doença na condição de saúde da pessoa. 

Essa nova família de classificações de saúde, complementar à CID, tem contribuído para coleta e registro de dados estatísticos, para medir resultados e qualidade de vida, planejar políticas sociais e educacionais e para compatibilizar o tratamento com as condições específicas do indivíduo, considerando suas aptidões profissionais, reabilitação e resultados (CIF, 2004, p.9, OMS). 

A CIF define deficiência como problemas nas funções (mentais, sensoriais, voz, aparelho cardiovascular, hematológico, respiratório, urinário, digestivo, reprodutivo, etc.) ou nas estruturas do corpo, tais como um desvio importante ou perda. 

Assim, o termo deficiência psicossocial caracteriza-se pela classificação de um problema nas funções mentais de um indivíduo, que podem ser uma ou mais limitações das:

  • capacidades de consciência, 
  • aprendizado, 
  • interação social, 
  • temperamento, 
  • energia e impulso, 
  • estabelecimento de vínculos, 
  • personalidade, 
  • atenção, 
  • memória, 
  • concentração, 
  • linguagem, 
  • percepção, 

Conforme a classificação das funções mentais pela CIF (Cap. 1, 2004). 

Os impactos de um transtorno mental na vida de uma pessoa são muitas vezes devastadores e somente com o apoio de equipe multiprofissional e bom suporte familiar e psicossocial é possível o controle e superação. 

No entanto, as marcas que a ruptura de um estado de saúde tido como normal para a transição em um quadro diagnosticado de transtorno mental trazem em si um contexto histórico de perdas, frustrações e fragilidades que são por vezes estigmatizastes e excludentes

Indivíduos com transtornos mentais crônicos e persistentes, como a esquizofrenia, transtorno bipolar e depressão grave, apresentam prejuízos funcionais e intelectuais que comprometem sua capacidade para atividades e desempenho..




Abordagem psicoeducativa/psicossocial em APS

Proposta de abordagem inicial psicoeducativa/psicossocial/para a Atenção Primária à Saúde (APS). 

O roteiro proposto pode ser flexibilizado e adaptado. 
Também não há necessidade de que os pontos citados sejam trabalhados em uma única consulta: essas técnicas devem ser desenvolvidas ao longo de uma sequência de consultas breves.


Psicoeducação: Explicar ao paciente o que ele tem e como funciona o tratamento. Deixar claro que a ansiedade depende de uma soma de fatores que incluem vulnerabilidade genética, estressores ambientais e hábitos de vida. 

Dizer que medo e ansiedade são emoções normais que representam um “sinal de alarme” para o perigo, e que o problema do paciente é esse “sinal de alarme” disparar quando não há perigo. 

Os tratamentos – medicamento e psicoterapia – ajudam o paciente a consertar esse mecanismo e é importante falar que foram estudados e demonstraram ser eficazes em pacientes semelhantes a ele.

Abordar motivações para o tratamento: 

 Quais as expectativas do paciente sobre o tratamento? 

 Qual é o papel dele no processo de melhora? 

 Liste aspectos negativos relacionados à ansiedade e aspectos positivos de estar livre dos sintomas ansiosos. Investigue barreiras ao tratamento e elabore um plano de como ultrapassá-las. Não seja autoritário: auxilie o paciente a compreender o balanço entre os aspectos negativos da ansiedade e os aspectos positivos de não sofrer mais com os sintomas.


Pacientes com pensamentos negativos ou desagradáveis (por exemplo, preocupação excessiva na ansiedade generalizada, pensamentos de morte em um ataque de pânico). 

Instruir sobre como enfrentar pensamentos negativos ou desagradáveis 

 Questione a fundamentação lógica dos pensamentos catastróficos. 
Pacientes com ansiedade costumam tirar conclusões precipitadas e catastróficas de pequenas coisas. Ajude o paciente a desenvolver processos para refletir sobre a fundamentação lógica dos pensamentos.

 Por exemplo: pensamentos de morte em ataques de pânico podem ser questionados tendo em vista episódios prévios que foram passageiros e não tiveram repercussões na saúde física. 



 Não tente afastar pensamentos negativos: 

O segredo é não dar importância a eles. 
Mostre ao paciente como não é produtivo tentar afastar pensamentos negativos. 
É quase impossível tentar “não pensar” em alguma situação, e esse esforço acaba por aumentar a frequência e a intensidade dos pensamentos. 
Ressalte que o importante é não dar importância aos pensamentos desagradáveis, o que faz com que eles vão desaparecendo com o tempo.

Comportamentos evitativos e medos (por exemplo, situações sociais em pacientes com fobia social, lugares fechados em pacientes com agorafobia). 


Instruir sobre como enfrentar situações temidas


  Faça com o paciente uma lista das situações temidas e planeje um plano de enfrentamento que vai da situação menos temida para a mais temida. 
Todos os dias o paciente deve ter uma tarefa de enfrentamento. 
Avise-o que pensamentos catastróficos irão surgir e trabalhe com ele para buscar dados de realidade e ver que os pensamentos não têm fundamentação lógica (ver abaixo).


Pacientes com muitos sintomas físicos ou crises de ansiedade (por exemplo ansiedade em público na fobia social, ansiedade durante um ataque de pânico). 

Instruir sobre como lidar com sintomas físicos 


 Ensine a respiração diafragmática e o controle da respiração. 
Oriente o paciente a colocar uma mão na barriga e outra no peito, e instrua-o para que apenas a mão sobre a barriga se mexa enquanto ele respira lentamente pelo nariz.
 É importante que o paciente saiba que não eliminará por completo a ansiedade, já que é uma emoção normal. 

Pacientes com transtornos de ansiedade às vezes interpretam estímulos fisiológicos (como os batimentos cardíacos) como ameaçadores, mesmo na ausência de um problema físico. O fundamental é que ele seja capaz de perceber que “o alarme disparou, mas não há nenhum incêndio” e, assim, se tranquilizar.
Para pacientes com compulsões (por exemplo, checagem no TOC) 
Instruir sobre como lidar com as compulsões/rituais 


 Faça um esquema para prevenir rituais. 
Pacientes com TOC se sentem compelidos a realizar determinados rituais em resposta a pensamentos negativos. 
A tarefa é simples: informar o paciente a não fazer esses rituais e impedir que eles ocorram. 
Oriente o paciente a interromper rituais ou ruminações com a palavre “Pare” e a procurar distrair-se com algo que prenda mais a atenção. 
No TOC, a aflição costuma desaparecer entre 15 minutos e 3 horas. 
A cada exercício, a intensidade e a duração do desconforto são menores
Para pacientes que vão iniciar tratamento com psicofármacos (por exemplo,. antidepressivos ou benzodiazepínicos) Informar sobre os psicofármacos 


 Oriente sobre tempo de início de ação dos medicamentos. 
Informe sobre possíveis efeitos adversos (como piora da ansiedade no início do tratamento), lembrando que são manejáveis e muitas vezes passageiros. 
Avise que os fármacos não podem ser descontinuados de forma abrupta pelo risco de abstinência. 
Explique que o tratamento será iniciado com doses baixas e que o aumento será gradual até a resposta desejada. 
Informe que o tratamento deve durar pelo menos um ano após a remissão dos sintomas para minimizar o risco de recaída. 
Esclareça que antidepressivos não causam dependência e que se deve ter cuidado com os benzodiazepínicos pelo risco de dependência. 


 Reforce que os medicamentos funcionam e são capazes de minimizar o sofrimento. 
Boa parte dos pacientes não acredita na eficácia dos psicofármacos ou acha que eles não vão ajudar. 
Assim, é importante ressaltar que os medicamentos já foram testados em pessoas com quadros muito semelhantes. 
Enfatize os benefícios do tratamento. 
Para pacientes que vão iniciar psicoterapia (TCC, psicodinâmica) 
Informar sobre as psicoterapias 



 Explique como funciona a terapia indicada. 
Na terapia cognitivo comportamental (TCC), informe sobre a necessidade de comprometimento com as tarefas. 

Fonte: TelessaúdeRS-UFRGS (2017), adaptado e modificado de Salum G. A.; Manfro, G. G.; Cordioli, A. V. Transtornos de ansiedade. In: Duncan, BB et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. p. 1087.


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Bibliografia:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ansiedade

https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/telecondutas/Telecondutas_Ansiedade_20170331.pdf

https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/telecondutas/Telecondutas_Ansiedade_20170331.pdf

https://www.scielo.br/j/rbp/a/wcrnhF8Yn5shnWxMRvJk49z/?format=pdf&lang=pt

https://pt.dreamstime.com/depress%C3%A3o-at%C3%ADpica-como-um-fardo-e-peso-sobre-os-ombros-simbolizados-por-verbal-em-uma-bola-de-a%C3%A7o-para-mostrar-negativa-o-image173795100

https://www.tuasaude.com/sintomas-de-depressao-pos-parto/



Fecundação Os primeiros registro da matriz de todos os sentimentos de rejeição ou amor é vivido pelo ser humano, tem sua primeira experiência na FECUNDAÇÃO Por isso é necessário que a gestação seja regada de sentimentos de amor e acolhimento. Esse registro será determinante para que a pessoa apresente em sua vida características e comportamentos para toda sua vida.

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