A Semente Que Floresceu

Tenho essa metáfora em PDF, se desejar adquirir o material, escreva EU QUERO, que vou enviar para você.

Era uma vez uma sementinha lançada em um solo que não a queria. 

Esse solo, duro e amargo, rejeitou sua presença antes mesmo de sentir seu perfume, antes mesmo de saber da sua beleza. 

A terra, confusa e ferida, tentou expulsá-la. Queria continuar estéril, porque tinha medo de ser fértil. Medo de dar vida a algo que exigiria mais do que ela sabia dar. A sementinha quase foi arrancada… 

Mas a Vida — com V maiúsculo — segurou. Soprou luz, alimentou de amor invisível, e disse: "Fique. Ainda que ninguém te queira, Eu te quero aqui." 

E assim, silenciosamente, ela ficou. 

Mesmo sem carinho, sem nutrientes, sem o calor de um colo. Ela ficou. E ela cresceu. Mas cresceu torta. Com raízes encurvadas pela dor da rejeição. Com folhas marcadas pela ausência de cuidado. 

 Com espinhos que desenvolveu para se proteger. 

Um dia, já adulta, a árvore olhou para trás e viu aquela terra novamente. Agora ressecada, sem memória, sem força… precisando de ajuda. A mesma terra que tentou rejeitá-la, agora dependia dela. E a árvore, mesmo ferida, abriu sombra. Ofereceu frutos. 

Cuidou da terra que não soube cuidar dela. Mas o coração ainda doía… Ainda ecoava aquela pergunta não respondida: 

 “Por que ela não me quis?” 

 “Por que ela tentou me arrancar antes mesmo de me conhecer?” 

 Foi então que o vento — aquele que tudo vê e tudo sopra — sussurrou: 

 “Ela também era terra doente. Rejeitou porque estava ferida. Machucou porque não sabia amar. Tentou expulsar porque não sabia acolher a si mesma.” 

 “Você não foi rejeitada por quem você é. Você foi ferida pela cegueira do outro. Agora, só você pode libertar-se da dor.”  

E foi ali, ouvindo o vento e sentindo suas próprias raízes, que a árvore chorou tudo o que não pôde chorar no ventre. Chorou a falta. Chorou o não dito. 

Chorou o abandono. Mas ao final, escolheu. Escolheu não carregar mais o peso da rejeição como se fosse culpa sua. 

Escolheu perdoar, não porque o que fizeram foi certo, mas porque ela merecia paz. Escolheu cuidar, não mais como dívida, mas como oferta da sua própria luz. 

E assim, as raízes se endireitaram. 

 As folhas voltaram a brilhar. E os espinhos? Foram caindo… porque já não eram mais necessários.

 Exercício de Reflexão Terapêutica e Espiritual: “Curando as Raízes” 

 1. Respire fundo, feche os olhos e leve a atenção ao seu ventre. 

 Imagine que lá dentro ainda mora a pequena semente que você foi. Visualize-a envolta em luz dourada, sendo acolhida por você hoje — a mulher forte, que venceu o que era impossível. 

2. Escreva uma carta à sua mãe — mas não entregue. Diga tudo o que você gostaria que ela entendesse, mesmo que ela não possa mais compreender com a mente. Libere. Chore. Escreva com alma. Depois, guarde a carta, queime, ou enterre sob uma planta como símbolo de transformação. 

 3. Coloque as mãos sobre o peito e repita (em voz alta ou mentalmente

“Eu não sou o que fizeram comigo. Eu sou o que escolho ser a partir de agora. Eu me liberto da dor que não é minha. Eu abraço a vida que me escolheu. E a minha cura começa aqui.” 

 4. Ofereça amor a si mesma todos os dias. 

Cuidar da sua mãe é belo, mas agora você precisa cuidar também da criança que viveu tudo isso e sobreviveu. Escolha leveza. 

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