A Questão do Diagnóstico na Clínica Psicanalítica com Crianças e Adolescentes



Voce que tem filhos (as) assista o vídeo até o final para compreender as questões do seus futuros e atuais adolescentes.

Sigmund Freud deu uma atenção especial aos adolescentes a fim de entender melhor esse conceito, recente para a época. Para ele, tratava-se uma fase de separação dos pais e de preparação para a independência. Assim, a fase da adolescência seria complexa e longa, especialmente em nossa sociedade atual

adolescência é uma fase de construção social, na qual o indivíduo se desenvolve para ocupar um cargo na sociedade. Dessa forma, aprende a ser independente e socialmente produtivo.

Demorou um certo tempo para a adolescência ser considerada uma fase do desenvolvimento humano. Nesse contexto, sair da infância para a vida adulta estava marcado pela independência econômica e social.


Autores clássicos da psicanálise apontam para a adolescência enquanto um momento de elaboração de lutos pela perda do corpo infantil, da identidade e dos pais da infância (Aberastury & Knobel, 1981).

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A adolescência é uma passagem obrigatória, a passagem delicada, atormentada mas igualmente criativa, que vai do fim da infância ao limiar da maturidade. Um adolescente é um menino ou menina que cessa gradativamente de ser uma criança e ruma com dificuldade para o adulto que virá a ser. 
 A adolescência te três pontos de vista distintos, mas complementares: 
  • Um ponto de vista biológico, um sociológico e um psicanalítico. 
  • Do ponto de vista biológico, sabemos que a adolescência corresponde à puberdade, mais exatamente, o início da adolescência corresponde à puberdade, esse momento da vida em que o corpo da criança de onze anos se inflama comuma surpreendente labareda hormonal. 

A puberdade – termo médico – designa justamente o período ao longo do qual os órgãos genitais se desenvolvem, quando surgem os sinais distintivos do corpo do homem e da mulher e opera-se um desenvolvimento físico impressionante, bem como uma significativa alteração das formas anatômicas. 
Para o menino, é a idade em que se produzem as primeiras ereções seguidas por ejaculação, durante uma masturbação, as poluções noturnas, a mudança da voz e o aumento da massa e da tonicidade musculares, tudo isso constituindo gérmens de uma virilidade nascente. 
Na menina, desencadeiam-se as primeiras regras e as primeiras sensações ovarianas, os seios ganham volume, a bacia se alarga conferindo à silhueta seu aspecto tipicamente feminino e, sobretudo, despertando nela essa tensão indefinível que emana do corpo de toda mulher e que denominamos charme. Portanto, biologicamente falando, a adolescência é sinônimo de advento de corpo maduro, sexuado, doravante capaz de procriar.
Para o sociólogo, o vocábulo “adolescência” cobre o período de transição entre a dependência infantil e a emancipação do jovem adulto. 
Segundo as culturas, essa fase intermediária pode ser muito curta – quando se limita a um ritual iniciático que,em poucas horas, transforma uma criança grande num adulto –,ou particularmente longa, como em nossa sociedade, em que os jovens conquistam sua autonomia muito tarde, levando-se em conta os estudos prolongados e o desemprego em massa, fatores que alimentam dependência material e afetiva em relação à família. 
A esse respeito, observemos que, em cada dois jovens adultos, um ainda mora na casa dos pais aos 23 anos, beneficiando-se não apenas de seu teto, cada vez mais longamente, como também de seu apoio financeiro, que, com muita frequência, estende-se além desse período. 
Em suma, se considerarmos as duas extremidades da travessia adolescente, podemos dizer que a puberdade se inicia em torno dos onze, doze anos, ao passo que a emancipação se completa por volta dos 25 anos.
Decerto o adolescente é um ser que sofre, exaspera a família e sente-se sufocado por ela, mas é principalmente aquele que assiste à eclosão do próprio pensamento e ao nascimento de uma nova força; uma força viva sem a qual nenhuma obra duradoura seria realizada na idade adulta. Tudo que construímos hoje é erigido com a energia e a inocência do adolescente que sobrevive dentro de nós.
Incontestavelmente, a adolescência é uma das fases mais fecundas de nossa existência. 
De um lado, o corpo aproxima-se da morfologia adulta e torna-se capaz de procriar; de outro, o espírito inflama-se pelas grandes causas, aprende a se concentrar num problema abstrato, a discernir o essencial de uma situação, a antecipar as eventuais dificuldades e a expandir-se, galgando espaços desconhecidos. 
O adolescente conquista o espaço intelectual com a descoberta de novos interesses culturais; conquista o espaço afetivo com a descoberta de novas formas de viver emoções que já conhecia, mas que nunca sentira dessa maneira – o amor, o sonho, o ciúme, a admiração, o sentimento do dever, a solidão, a sensação de ser rejeitado por seus semelhantes ou, ainda, a raiva. 
E, finalmente, conquista o espaço social ao descobrir, fora do círculo familiar e da escola, o universo dos outros seres humanos em toda a sua diversidade.
Diante da importância maior agora exercida pela sociedade em sua vida, ele não demora a compreender que nada pode nascer de uma caminhada solitária. É na época da adolescência que compreendemos o quanto o outro é biológica, afetiva e socialmente vital para cada um de nós, o quanto precisamos do outro para sermos nós.
Para crescer, todos nós fomos obrigados  a padecer duas neuroses em nossa juventude: a primeira, entre três e seis anos, e a segunda, entre onze e dezoito anos; uma neurose infantil durante o Édipo e, mais tarde, uma neurose juvenil durante a adolescência. Essas duas neuroses de crescimento são neuroses saudáveis porque são passageiras e se resolvem por si mesmas. J.-D. N.


Sou Kátia Rumbelsperger
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