O BRINCAR HEURÍSTICO


Uma cartela de ovos vazia, pedaços de palitos ou pedaços de canudinhos e um martelo de brinquedo são o que você precisa para engajar o seu pequeno em uma atividade que, além de fortalecer a coordenação motora e noção espacial, ajuda na concentração. 

Faça pequenos furos no topo do suporte de ovos, apresente os materiais para a criança e convide-a para brincar. Peça para ela colocar os palitos ou canudinhos em todos os furinhos que encontrar, e com o martelo irá bater nos respectivos palitos empurrando-os para dentro da caixa.



Descobrindo As Palavras  


Descobrir as palavras através das imagens é uma atividade muito divertida. Para isso é necessário a separação de alguns objetos. Você vai precisar de: Um banco de imagens, um alfabeto móvel e uma base. 

 Podemos alimentar o banco de imagens com imagens de revistas, jornais ou impressos. Comece colando com fita adesiva a primeira imagem na base e distribuindo o alfabeto móvel. 

Em seguida, oriente que a criança comece buscando as letras iniciais para compor a palavra, utilizando a imagem como exemplo verificamos que a imagem é de um gato, então procuraremos a letrinha inicial “G”, em seguida, retomaremos as buscas para terminar a escrita da palavra. 

A cada imagem decifrada uma nova descoberta e uma nova oportunidade de memorização das letras compostas.

Os objetivos dessa atividade são o enriquecimento do vocabulário, a junção das letras, memorização e a percepção visual. 

É importante que a criança pense sobre as suas hipóteses de escrita, não dê a palavra pronta para que ela copie, a criança precisa falar, ouvir a palavra e colocar as letras de acordo com os conhecimentos prévios.










Para esta atividade é fundamental que as crianças já tenham vivenciado algumas propostas que envolvam formas geométricas, considerando as principais características dos sólidos geométricos e das figuras planas, como por exemplo: contextos de brincadeiras com blocos de construção com diferentes formas e volumes. 

Em uma folha, desenhe com a criança olhos, bocas e dentes. 

Cole uma forma geométrica diferente em cada rosto para representar o nariz. Recorte uma porção de formas geométricas coloridas e oriente a criança a identificá-las, comparar e classificar as formas e em seguida colá-las no rosto adequado.

Nesta atividade trabalhamos a capacidade de agrupamento, além de reforçar os conhecimentos sobre as formas e cores.

 

A curiosidade, segundo Assmann (2004) contribuiu para que a humanidade se desenvolvesse ao fazer com que o ser humano explorasse o meio, fizesse perguntas e resolvesse desafios e é importante para uma aprendizagem significativa. 

Porém, é possível perceber que com o passar dos anos deixamos de ser tão curiosos. 

Na psicologia, autores como Jean Piaget, compreendem que esse processo é natural do ser humano, no entanto, estudos recentes como de George Loewenstein e Susan Engel tem demonstrado que o desaparecimento da curiosidade ou o quase desaparecimento deste elemento acontece em decorrência da falta de fomento e principalmente através de atitudes de tolhimento da curiosidade, que ocorrem normalmente em casa e na escola, ao limitarmos possibilidades para brincar, para perguntar, etc. 

Talvez a partir disso tenhamos mais uma resposta do por que a escola agrada pouco o estudante, afinal o clima de obrigatoriedade e a pouca possibilidade para curiosar sobre o que realmente se tem interesse dificilmente faz parte do cotidiano da mesma. 

Nesse sentido, a abordagem do brincar heurístico parece oferecer um caminho contrário, pois busca estimular a curiosidade dos pequenos através dos famosos Cestos dos Tesouros. 

Os Cestos dos Tesouros consistem em cestos repletos de objetos que são colocados a disposição dos bebês, para que eles explorem livremente. Não se tratam de brinquedos comprados. 

A criança, como é possível percebermos, brinca com qualquer coisa, sendo assim, os objetos disponibilizados a elas são brinquedos embora não tenham sido criados para esse fim. Segundo Goldschmied e Jackson (2006) muitos brinquedos para os Cestos dos Tesouros podem ser encontrados dentro de casa, e destacam:

Os pais, quando perguntados sobre as coisas preferidas de seus filhos para brincar quase sempre enfatizam a fascinação destes em relação a abrir todos os armários da cozinha em busca de panelas, seu interesse por caixas de sapato e sua alegria ao brincar com as chaves do carro (GOLDSCHMIED & JACKSON, 2006, p. 115)
Em outras palavras o que as autoras querem dizer é que precisamos observar aquilo que trás curiosidade aos pequenos e na medida do possível possibilitar a exploração deles. 

A partir de observações as autoras definiram alguns objetos que são disponibilizados nos cestos, porém enfatizam que novos objetos podem ser incorporados.




RESUMO DOS ITENS SUGERIDOS PARA O CESTO DE TESOUROS SEGUNDO GOLSDSCHMIED E JACKSON (2006, p.125-128). 

Objetos naturais: Abóboras secas, castanhas grandes, conchas, cones de pinho de diferentes tamanhos, nozes grandes, pedaços de esponja, pedra-pomes, esponja natural, uma maça, etc. 

Objetos feitos de materiais naturais: Alça de sacolas feitas de bambu, anel de osso, bola de fios de lã, escova de dente, pequenos cestos, pincel de pintura, tapetinho de ráfia, etc.

Objetos de madeira: apito de bambu, aro de cortina, caixinhas forradas de veludo, colher, cubos, pregadores de roupa, xícara de cafezinho, etc. 

Objetos de metal: Apito de escoteiros, bijuterias, coador de chá, forminhas, molho de chaves, pequeno funil, vários sinos, latas fechadas contendo arroz, feijões, pedrinhas, etc. 

Objetos feitos de borracha e tecido: bolas: tênis, ping-pong, bolsinhas com zíper, bonequinha de retalhos, saco de feijões, saquinhos de pano contendo lavanda, alecrim, tomilho, cravos-da-índia, ursinhos de pelúcia. 

Papel, papelão: cilindros de papelão (de toalhas de papel), papel laminado, pequenas caixas de papelão, pequeno caderno de espiral. O que torna a proposta ainda mais interessante



O que torna a proposta ainda mais interessante é que ela não contempla objetos de plástico. 

As autoras entendem que a maioria dos brinquedos oferecidos às crianças hoje em dia são feitos de plástico ou de materiais sintéticos e questionam: 

“(...) que tipo de qualidade de experiências sensórias esses objetos podem oferecer, lembrando sempre que, nessa idade, o toque e as atividades exploratórias pela boca são tão importantes quanto à visão” Goldschmied e Jackson (2006, p.123). 

O papel do adulto também é importante de ser destacado nesta abordagem. 

Para as autoras, os adultos apenas auxiliam as crianças quando realmente for necessário. Para os adultos certamente isto não é algo fácil, estamos sempre querendo dizer o que as crianças devem fazer. 

Mas nesse caso o que devemos fazer é observar a curiosidade das crianças, possibilitarmos o cesto e mantermo-nos calmos e atentos.


Numa pesquisa feita por Elinor e suas colaboradoras, com crianças pequenas, de dois anos de idade, aplicando -se abordagem do brincar heurístico, pode se observar que:

As crianças escolheram espontaneamente alguns dos objetos dentre os muitos que estavam dispostos. 

Durante a exploração desses objetos, não houve questão entre quais maneiras era correta ou não para manipulação desses objetos. 

As crianças demonstram tanto interesse em suas próprias descobertas, devido ao grande número de materiais disponíveis que elas não entram em conflito porque, a princípio, não precisam compartilhar nada.

Além disso, após algumas sessões do brincar heurístico, crianças de quase dois anos de idade, começam a socializar, por si só, com os demais colegas, os brinquedos explorados inicialmente por elas mesmas.


De acordo com Elinor, o brincar heurístico contribui para o desenvolvimento da habilidade concentração. O brincar tem sua própria lógica. A repetição contínua desenvolve habilidades e novos conhecimentos.

No brincar heurístico, algumas questões organizacionais devem ser consideradas para que as crianças consigam o máximo de satisfação. Dentre elas, podemos destacar:

1- os materiais oferecidos devem ser no mínimo 15 variedades, com uma sacola que possa ser fechada com uma corda para cada uma;

2-deve ter de 50 a 60 objetos em cada sacola, brinquedos suficientes para que as crianças não precisem disputar com os demais colegas;

3-o espaço deve ser suficiente para que as crianças possam movimentar-se tranquilamente;

4- todos os outros materiais para o brincar devem ser guardados;

5-deve se delimitar um horário, um período do dia deve ser reservado para o brincar heurístico, uma hora é o tempo ideal.

6-durante a exploração dos objetos pelas crianças, espalhados no chão, de tempos em tempos, precisam ser reorganizados, discretamente, para que continuem parecendo convidativos;

7- No final da atividade, os objetos devem ser recolhidos pelas crianças, com o auxílio das professoras, e guardados na sacola para utilização em outro dia.

O trabalho do adulto acontece fora da sessão de brincar heurístico, ele coletará objetos, cuidando para que não estejam danificados, ou sujos, substituindo os em caso de necessidade. 

Nesse tipo de atividade, o adulto fica sentada em uma cadeira observando, em silencio, as crianças e anotando o que uma ou outra faz com o material. 

O adulto não interfere, não elogia, não estimula ou sugere, somente oferece apoio em algumas exceções quando uma criança está atirando os objetos nos colegas ou atrapalhando o grupo.

Facilitadora: Patrícia Venâncio, pedagoga.












Fecundação Os primeiros registro da matriz de todos os sentimentos de rejeição ou amor é vivido pelo ser humano, tem sua primeira experiência na FECUNDAÇÃO Por isso é necessário que a gestação seja regada de sentimentos de amor e acolhimento. Esse registro será determinante para que a pessoa apresente em sua vida características e comportamentos para toda sua vida.

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