Conversar com uma criança sobre a morte é um grande desafio e sofrimento.



1. O que é luto?
A morte de alguma pessoa ou ente querido(a) é sempre um momento muito doloroso, um sofrimento quase impossível de viver e conviver

São momentos dolorosos para qualquer pessoa e causam muitas dúvidas e emoções difíceis de conviver e lidar como:

  • a tristeza
  • a raiva
  • a revolta,
  • a culpa
  • as preocupações, 
  • a raiva de Deus 
  • a raiva das religiões
  • a raiva de algumas pessoas
  • Ideação suicida. 


NÃO EXISTE SENTIMENTO DE CERTO OU ERRADO NESSE MOMENTO. 

O luto é um processo natural, vivenciado por todos nós quando perdemos alguém ou algo importante. 

Não acontece somente em caso de morte, pode, por exemplo, estar presente em:

  • pessoas
  • perder um emprego
  • término de um relacionamento
  • mudança de residência
  • perder um brinquedo
  • perder um animalzinho
  • perder a posição de filho (a) única
  • perder um material escolar
  • perder uma professora ou professor

É através do luto que o indivíduo consegue reavaliar o ocorrido em sua vida para, ao final, dar uma nova interpretação e um novo rumo a vida. 

A intensidade do sofrimento causado pelo luto é proporcional à importância que tem para nós aquele que perdermos. O luto é singular, sendo, portanto, sentido de forma diferente por cada indivíduo. 

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Falar sobre a morte com crianças pode ser um desafio para muitos adultos por várias razões:

1. Proteção das criançasMuitos adultos podem achar que estão protegendo as crianças ao evitar falar sobre a morte. No entanto, as crianças são observadoras astutas e podem perceber quando algo está errado.

Evitar o assunto pode fazer com que a criança sinta que a morte é um “assunto proibido”, o que pode dificultar a resolução de seus conflitos internos.

 

2. Dificuldade em lidar com a própria dor

Os adultos podem estar lidando com sua própria dor e luto, o que pode tornar difícil para eles falar sobre a morte com as crianças.

Eles podem projetar suas próprias emoções nas crianças, o que pode impedir as crianças de processar a morte de acordo com seu próprio nível de compreensão e desenvolvimento emocional.

 

3. Incerteza sobre como explicar a morte

A morte é um conceito complexo e os adultos podem não ter certeza de como explicá-lo de uma maneira que as crianças possam entender.

A compreensão das crianças sobre a morte varia de acordo com a idade e o contexto familiar.

 

4. Medo de causar angústia

Os adultos podem temer que falar sobre a morte cause angústia ou medo nas crianças.

É importante lembrar que, embora possa ser difícil, é essencial falar com as crianças sobre a morte de uma maneira aberta e honesta.

Isso pode ajudá-las a entender e processar seus sentimentos sobre a morte de uma maneira saudável.

Se, por algum motivo, o adulto enfrentar dificuldade em comunicar a morte de alguém para uma criança, evitando o assunto ou, até mesmo, escondendo alguma perda significativa de seu filhos, pensando, assim, que está protegendo, fará com que essa criança também tenha dificuldade na elaboração de suas perdas futuras. 


A partir de que idade uma criança começa a perceber e ter contato com as perdas?

É interessante observar que o conceito de morte e a vivência de uma perda, estão presentes no desenvolvimento humano desde muito cedo, como:

  • a retirada da chupeta
  • a morte de um animal de estimação
  • a separação dos pais
  • sofrimento e frustração 
  • etc. 
A mídia possibilita às nossas crianças o contato com o tema "morte", seja por noticiários, filmes, filmes e novelas. 

Um episódio de morte é acompanhado por tentativas de explicações, pela dor e por intensas emoções.

Nessas situações, o processo de luto faz-se necessário, pois assim como o adulto, a criança precisa processar suas perdas, poder chorar, desesperar-se e, depois, se a situação for tratada de forma adequada, conformar-se. 

Deixar claro que a morte é natural e irreversível

É importante mostrar para a criança que a morte é um processo natural, explicando-lhe que todos os seres vivos morrem um dia, e que, quem morre, não estará mais no seu convívio, mas poderá estar sempre em seu pensamento, e "em seu coração", toda vez que se lembrar dos momentos alegres que compartilharam. 

Informações sobre o que esses pensadores disseram sobre o luto:

Freud: Ele descreveu o luto como um momento lento e doloroso, caracterizado por um sentimento contínuo de tristeza. O sujeito enlutado, normalmente, se afasta de tudo e de todos aqueles que não estão ligados à memória do objeto perdido.

Lacan: Segundo Lacan, o luto envolve as operações de separação e alienação, que são essenciais para a constituição do sujeito. Nesse sentido, o processo de luto não é apenas uma reação emocional à perda, mas uma forma de reorganizar a libido e lidar com a castração45.

Jung: Jung considerava que a morte é fundamental, pois permite que a alma se distancie novamente da matéria orgânica e, na esfera essencial, alcance o verdadeiro conhecimento.

Sócrates: Para Sócrates, a morte é algo essencial, porque é ela que permite que a alma se dissocie da matéria e alcance o verdadeiro conhecimento, estando livre em sua forma mais pura.

Sêneca: A filosofia de Sêneca aborda a busca da felicidade, a preparação para a morte, as desilusões, a amizade e levanta uma das principais questões humanas: como conjugar qualidade de vida e tempo escasso.

Piaget: Piaget não deixou escritos específicos sobre o luto, mas seu trabalho sobre o desenvolvimento cognitivo das crianças tem sido usado para entender como as crianças compreendem e lidam com a morte.

Winnicott: Winnicott atribuiu um valor positivo ao elemento de ilusão, reformulando a concepção da relação entre o indivíduo e a realidade, e trouxe contribuições para pensar o fenômeno da ancoragem saudável na realidade e o trabalho do luto.

Jesus Cristo: Em seus ensinamentos, Jesus profetizou sua própria morte, afirmando que se a sua vida produziu muitos frutos, a sua morte seria ainda mais frutífera.

Platão: Platão via a morte como uma transição de um estado de existência para outro. Ele acreditava na imortalidade da alma e que a morte era uma libertação da alma do corpo.

Aristóteles: Para Aristóteles, a morte é o fim da vida biológica como a conhecemos. Este processo representa a separação definitiva do corpo e da alma, que sobrevive à morte como entidade racional.

Bert Hellinger: Hellinger via a morte como algo oportuno, seja porque não há lugar para nós neste mundo, seja porque nosso tempo se esgotou e cumprimos o que havia sido nossa missão, seja porque é chegada a hora de dar lugar para outros.



Aqui estão alguns exercícios criativos e lúdicos para ajudar a falar com as crianças sobre o luto:

1. Dinâmica "Complete":

 Esta dinâmica tem como objetivo fixar o conceito sobre a imortalidade da alma e ver com mais naturalidade a perda de entes queridos.

Recursos para a dinâmica: Cartolina; Canetinhas coloridas; Fita crepe e papel A4 com as palavras chaves.

Execução da dinâmica: O coordenador deverá escrever todas as frases incompletas na cartolina com canetinhas coloridas. Depois deverá colar o cartaz sobre a parede da sala de aula e ao seu lado um papel com as palavras chaves1.

2. Dinâmica "Rei Leão":

Esta dinâmica visa compreender que a morte faz parte do ciclo natural da vida, identificar situações de vivência do luto por morte, separações, ausências dentre outras e expressar os sentimentos de dor vividos nestas situações de perdas.

Recursos para a dinâmica: Filme “O Rei Leão” e espaço para discussão.

Execução da dinâmica: Após a exibição do filme, organize a turma em círculo e solicite a eles que expressem os seus sentimentos em relação ao que viram e ouviram.

3. Expressão Emocional:

A expressão emocional é uma etapa fundamental no processo de lidar com o luto.

Recursos para a atividade: Diário, canetas, materiais de arte (tintas, pincéis, papel etc.).

Execução da atividade: Incentive a criança a expressar seus sentimentos através da escrita ou da arte. Ela pode escrever em um diário, desenhar, pintar, ou até mesmo criar uma música ou dança.

4. Atividade Lúdica de Representação de Sentimentos:

Esta atividade ajuda as crianças a expressar e reconhecer diferentes emoções.

Recursos para a atividade: Espaço para a criança se mover livremente.



Execução da atividade:
Incentive a criança a representar diferentes sentimentos, como alegria, tristeza, raiva, medo, e tente adivinhar que emoção está sendo representada.



Lembre-se, cada criança é única e pode reagir de maneira diferente. O mais importante é estar presente, ouvir e oferecer amor e apoio



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