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“Teu corpo com amor ou não/ Raspas e restos me interessam”.
Cazuza, na música “Maior Abandonado”, retratou um pouco do que sente uma pessoa que se encontra na condição de dependência emocional.
A rigor, ela se sujeita a qualquer coisa que o outro ofereça desde que este outro não a abandone.
As relações doentias são traduzidas por algumas pessoas como sinônimo de amor, quando na verdade é uma forma de amar que ultrapassa a linha do bom senso, isto é, aquela que sinaliza que há falta de amor próprio e que abdicar os próprios desejos, para viver em função do desejo do outro, não faz bem à saúde psíquica.
É uma relação pautada pelo medo de ser abandonado, levando a pessoa a se submeter ao outro para evitar o sofrimento e manter assim sua fonte de gratificação, ou seja, o ser amado.
Mesmo que a pessoa saiba o quanto é necessário romper o relacionamento, ela não consegue.
E quando põe um ponto final, a ausência do ser amado provoca uma síndrome de abstinência, levando-a a reatar, uma vez que, para ela, seu bem-estar está atrelado à presença do outro.
Por isso é comum frases “ele é o ar que respiro” ou “não vivo sem ela”.
A dependência emocional é característica de pessoas inseguras, submissas, com baixa autoestima, com sentimentos invasivos de rejeição, vindas de famílias desajustadas ou que receberam pouco afeto.
Buscam, então, inconscientemente, relacionamentos que possam devolver-lhes a atenção que não receberam na infância e, mesmo não tendo sucesso nesta busca, persistem desencadeando mais frustrações.
Se observarmos o histórico dos relacionamentos afetivos destas pessoas, é possível perceber que seguem um padrão, ou seja, sempre se anulam, atendendo aos desejos do outro, com cuidados e atenções excessivas na busca de reconhecimento. E quando o outro mostra o mínimo sinal de distanciamento, estas pessoas vivenciam uma sensação de abandono, como se fosse real.
Este temor do abandono desencadeia dois tipos de dependentes emocionais: os totalmente submissos, obedientes, que fazem de tudo para agradar ou os ciumentos, hipervigilantes, que fiscalizam horários, mensagens etc., com direito a ataque de fúria diante de qualquer desconfiança, mesmo que imaginária.
Neste grupo inclui também aqueles que irão fazer de tudo para chamar a atenção com histórias que desperte no outro sentimento de compaixão ou de solidariedade, inventando, por exemplo, que precisam de ajuda para algo, até a tentativa de auto destruição. Vale tudo para manter o outro por perto.
Para romper este ciclo é necessário, inicialmente, que a pessoa conscientize-se sobre o que está por trás do medo irracional da perda afetiva que, apesar de nociva, impede de deixar este relacionamento.
E quando isso acontece há um sentimento de perda de si mesmo e não apenas da relação, por isso que ela entra num estado depressivo.
A pessoa precisa perceber o quanto esta relação está interferindo em sua vivência, uma vez que ela deixa sua vida social, profissional, familiar em segundo plano para viver em função do ser amado, alimentando mais ainda este vício psicológico.
Portanto, é primordial melhorar a autoestima e resgatar o autorrespeito já que os dependentes emocionais consideram que não são merecedores de coisas boas, sujeitando-se a qualquer tipo de situação.
É importante que tais pessoas recuperem também a autonomia, identificando os recursos internos que necessitam desenvolver para iniciar este processo de individuação e se abrir para relações saudáveis, do contrário irão repetir o mesmo comportamento em outros relacionamentos.
É a partir do autoconhecimento, deste olhar para si, que é possível compreender quais são as dificuldades não elaboradas que a leva a buscar, ilusoriamente, a solução nos relacionamentos tóxicos.
É preciso, fundamentalmente, aprender a diferenciar apego de amor. O primeiro aprisiona e o segundo liberta.
Jô Alvim
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Kátia Barbosa Rumbelsperger, Psicoeducadora
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Minha trajetória profissional é marcada por uma profunda dedicação à educação, psicoterapia e ao desenvolvimento humano. Sou mãe, casada e avó.
Sou formada em Pedagogia, com especialização nas séries iniciais e fundamentais, além de possuir um vasto conhecimento em administração. Minha paixão pela educação e pelo apoio ao desenvolvimento integral das pessoas me levou a diversas formações e atuações no campo da psicologia, psicanálise e terapias holísticas.
Minhas Formações
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No Instituto Katia Rumbelsperger 360 Graus (IKR), utilizamos o Método DNA (Desenvolvimento Natural do Autoconhecimento), que tem como objetivo promover o crescimento pessoal e o autoconhecimento através de abordagens integradas e inovadoras. O IKR é uma referência em desenvolvimento humano e oferece uma variedade de programas e treinamentos focados em melhorar a qualidade de vida e o bem-estar emocional.
CNPJ: 14.032.217/0001-98
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