O que é Alteridade


O que é Alteridade

Alteridade é a qualidade ou estado do que é outro ou do que é diferente

Está relacionada com a capacidade de perceber a si mesmo ou o próprio grupo social, não como o padrão, mas também como o outro.

É um termo abordado pela filosofia e pelas ciências sociais (sociologia, antropologia, ciências políticas, etc.).


Natureza ou condição do que é outro, do que é distinto

FILOSOFIA

Situação, estado ou qualidade que se constitui através de relações de contraste, distinção, diferença [Relegada ao plano de realidade não essencial pela metafísica antiga, a alteridade adquire centralidade e relevância ontológica na filosofia moderna ( hegelianismo ) e esp. na contemporânea ( pós-estruturalismo ).

A vida em sociedade é baseada na interação entre os indivíduos. 

Assim, o indivíduo (sujeito) está sempre em contato com outros sujeitos, outros indivíduos. 

A relação do "eu" com o "outro" é uma constante, formando uma rede de interações.

 A equidade das relações depende de que todos possuam o mesmo valor.

Um dos princípios fundamentais da alteridade é que o indivíduo em sociedade não só interage com outros indivíduos, mas sua existência depende também da existência do outro

Por esse motivo, o "eu" só pode existir através do seu contato com o "outro".

Pictogramas com setas demonstrando as relações entre o Eu e o Outro (alteridade)

A alteridade mostra que só é possível perceber a si mesmo em oposição à percepção do outro.

Nas ciências sociais, a alteridade cultural prevê a valorização das diferenças e não aceita o predomínio de uma cultura ou modo de vida sobre outro.

Sem hierarquia, é possível perceber, por exemplo, que uma cultura é estranha para um indivíduo na mesma proporção que aquele indivíduo é estranho para aquela cultura.

Então, o foco é a capacidade de se colocar no lugar do outro, em uma relação baseada no diálogo e valorização das diferenças existentes.

Alteridade na Filosofia

No âmbito da Filosofia, alteridade é o contrário de identidade

Apresentada por Platão (no Sofista) como um dos cinco "gêneros supremos", ele recusa a identificação do ser como identidade e vê um atributo do ser na multiplicidade das Ideias, entre as quais existe a relação de alteridade recíproca.

Para Emmanuel Lévinas, a própria ética exige o outro, só se pode ser ético em função do outro

A ética da alteridade proposta por Lévinas exige que sejamos responsáveis pelo outro, sendo esse o princípio da ética e da humanização.

Assim, a violência somente ocorre pela desvalorização da alteridade, do outro enquanto ser

Contra isso, Lévinas mostra que é necessária uma compreensão de que o "eu" só existe porque é constituído pelo "outro". Dessa maneira, a violência e a destruição do outro significaria a destruição de si.

Alteridade na Antropologia

A Antropologia é conhecida como a ciência da alteridade, porque tem como objetivo o estudo do Homem na sua plenitude e dos fenômenos que o envolvem.

Com um objeto de estudo tão vasto e complexo, é imperativo poder estudar as diferenças entre várias culturas e etnias. 

O conceito de alteridade assume um papel essencial na antropologia, responsável por evitar uma leitura etnocêntrica do mundo.











Fecundação Os primeiros registro da matriz de todos os sentimentos de rejeição ou amor é vivido pelo ser humano, tem sua primeira experiência na FECUNDAÇÃO Por isso é necessário que a gestação seja regada de sentimentos de amor e acolhimento. Esse registro será determinante para que a pessoa apresente em sua vida características e comportamentos para toda sua vida.

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