Constelação Familiar - história


Hellinger se deparou com um fenômeno descortinado pela psicoterapeuta americana Virginia Satir nos anos 70, quando esta trabalhava com o seu método das ― esculturas familiares: que u
ma pessoa estranha, convocada a representar um membro da família, passa a se sentir exatamente como a pessoa a qual representa, às vezes reproduzindo, de forma exata, sintomas físicos da pessoa a qual representa, mesmo sem saber nada a respeito dela. 








A Constelação Familiar é uma terapia fenomenológica, ou seja, trabalha com os elementos que nos são apresentados durante o trabalho terapêutico. 

Não há teorias e não busca-se solucionar nada e nem curar ninguém. 

O grande trabalho do terapeuta sistêmico é ser um observador imparcial e, ao mesmo tempo, amoroso, da dinâmica que está ocorrendo, onde busca-se descobrir os pontos de exclusão que existe no sistema do cliente. 

Constelação Familiar é uma abordagem recente, fenomenológica, sistêmica, não empirista ou subjetiva, desenvolvida pelo filósofo alemão Bert Hellinger. 


Bert Hellinger
Bert Hellinger desenvolveu seu método, a partir de observações empíricas, como missionário católico na África do Sul. 

Anton "Suitbert" Hellinger, conhecido simplesmente como Bert Hellinger, é um teólogo, filósofo e psicoterapeuta alemão, criador de uma nova abordagem de psicoterapia sistêmica. Os desenvolvimentos de seu trabalho tem amplas implicações para o âmbito da psicoterapia, aconselhamento de casais, pedagogia, consultoria de empresas, dramaturgia, política e solução de conflitos...
  •  16 de dezembro de 1925
  •  19 de setembro de 2019


Estudou, a partir de então, psicanálise e diversas formas de psicoterapia familiar, os padrões de comportamento que se repetem nas famílias e grupos familiares ao longo de gerações.


Esse fenômeno, ainda muito pouco compreendido e explicado, já havia sido descrito anteriormente por Levy Moreno, criador do psicodrama. 

 Algumas hipóteses têm sido levantadas também utilizando-se da teoria de evolução dos "campos morfogenéticos", formulada pelo biólogo britânico Rupert Sheldrake e apoiando-se em conceitos da Física Quântica como, por exemplo, a não localidade. 

De posse de detalhadas observações sobre tal fenômeno, Hellinger adquiriu experiência e, baseado ainda na técnica descrita por Eric Berne e aprimorada por sua seguidora Fanita English de ― análise de histórias, descobriu que muitos problemas, dificuldades e mesmo doenças de seus clientes estavam ligados a destinos de membros anteriores de seu grupo familiar. 

Hellinger descobriu alguns pontos esclarecedores sobre a dinâmica da sensação de ― "consciência leve" e ― "consciência pesada", e propôs uma ― "consciência de clã" (por ele também chamada de ― alma-- no sentido de algo que dá movimento, que ―anima), que se norteia por ―ordens arcaicas simples, que ele denominou de ―ordens do amor, e demonstrou a forma como essa consciência nos enreda inconscientemente na repetição do destino de outros membros do grupo familiar.

 Essas ordens do amor referem-se a três princípios norteadores:

1 - a necessidade de pertencer ao grupo ou clã. 
2 - a necessidade de hierarquia dentro do grupo ou clã.
3 - a necessidade de equilíbrio entre o dar e o receber nos relacionamentos. 

As ordens do amor são forças dinâmicas e articuladas que atuam em nossas famílias ou relacionamentos íntimos. 

Percebemos a desordem dessas forças sob a forma de sofrimento e doença. 

Em contrapartida, percebemos seu fluxo harmonioso como uma sensação de estar bem no mundo. 

A constelação familiar consiste em uma vivência na qual um cliente apresenta um tema de trabalho e, em seguida, o terapeuta solicita informações factuais sobre a vida de membros de sua família, como: 

mortes precoces, 
suicídios, 
assassinatos, 
doenças graves, 
casamentos anteriores, 
número de filhos ou irmãos. 

Com base nessas informações, solicita-se ao cliente que escolha entre outros membros do grupo, de preferência estranhos a sua história, alguns para representar membros do grupo familiar ou ele mesmo. 

Esses representantes são dispostos no espaço de trabalho de forma a representar como o cliente sente que se apresentam as relações entre tais membros. 

Em seguida, guiado pelas reações desses representantes, pelo conhecimento das "ordens do amor" e pela sua conexão com o sistema familiar do cliente, o terapeuta conduz, quando possível, os representantes até uma imagem de solução onde todos os representantes tenham um lugar e se sintam bem dentro do sistema familiar.

Nos anos de 2003 a 2005, Hellinger apurou sua forma de trabalho para um desenvolvimento ainda mais abrangente, que ele denominou de "movimentos da alma". 

Estes abrangem contextos mais amplos do que o grupo familiar, tais como o grupo étnico. 

Descobriu e descreveu ainda os efeitos das intervenções (chamados de ― ajuda) e os princípios que efetivamente norteiam a ajuda efetiva, criando assim também as chamadas ― ordens da ajuda. 

A abordagem apresenta uma vasta gama de aplicações práticas devido aos seus efeitos esclarecedores no campo das relações humanas, como: 

melhoria das relações familiares. 
melhoria das relações interpessoais nas empresas. 
melhoria das relações no ambiente educacional. 

Tais aplicações deram início a abordagens derivadas, denominadas de constelações familiares, constelações organizacionais e pedagogia sistêmica. 

Em 2018, no Brasil, o Ministério da Saúde, incluiu a sua prática no Sistema Único de Saúde (SUS), como parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). 

O Brasil é o pioneiro no uso das Constelações Familiares pelo Judiciário, trabalho que se iniciou com o Juiz Sami Storch. 

Este uso está se expandindo rapidamente e já abrange 16 estados Brasileiros. 

Os dados do judiciário mostram que o uso da Constelação Familiar aumentou significativamente os índices de conciliação em processos judiciais de guarda de crianças,  alienação parental, inventários e pensão alimentícia. 

No judiciário, a intenção não é fazer terapia, mas a conciliação.

Mas uma porta se abre, caso a pessoa deseje ir mais fundo na sua questão e buscar ajuda terapêutica. 

Distinguem-se, no desenvolvimento da ação psicodramática, três momentos que possuem, cada um, uma importância singular. 

A primeira fase, aquecimento, é quando o grupo se prepara. 

Os participantes desenvolvem um tema. 

Aflora um protagonista grupal; 

Dá-se início a um segundo momento ou fase, que é a dramatização propriamente dita, a cena dramática. 

Aqui, ganham, importância, os ego-auxiliares, que serão os encarregados de encenar os personagens, contracenando, com o protagonista, os personagens reais ou fantasiosos, aspectos do paciente, símbolos do seu mundo; 

O terceiro momento ou fase é o compartilhamento, é o retorno do protagonista ao grupo, momento em que o grupo compartilha seus sentimentos e vivências, tudo o que lhes foi acontecendo durante a cena, as ressonâncias que ela produziu. 

As diversas técnicas dramáticas utilizadas durante a representação foram pensadas por Moreno em relação com sua Teoria do Desenvolvimento dos Papéis. 

Cada uma delas cumpre uma função que corresponde também a uma etapa do desenvolvimento psíquico. 

O diretor do Psicodrama instrumentará, em cada situação, as técnicas que lhe pareçam mais adequadas e correspondentes ao momento do drama, segundo o tipo de vinculação que nele se expressa. 

A primeira etapa, em que há a indiferenciação do Eu e do Tu, corresponde à técnica do duplo. 

A segunda, do Reconhecimento do Eu, à técnica do espelho. 

A terceira etapa, do Reconhecimento do Tu, à técnica da inversão de papéis. 

Mediante a técnica do duplo, um ego-auxiliar desempenha o papel do protagonista, no palco, ao lado dele. 

Verbal e gestualmente complementa aquilo que, a partir desse desempenho, intui que o protagonista não pode expressar completamente, ou que não se dá conta de que está expressando.

Podemos considerar a semelhança desta técnica com a mãe junto ao bebê, a qual tenta apreender a necessidade dele para atendê-lo. 

Na técnica do espelho, o protagonista sai do palco e assume a posição de platéia na representação que um ego-auxiliar faz dele.

Busca-se, com isso, que o paciente se reconheça em determinada representação, assim como na sua infância reconheceu sua imagem no espelho. 

 Proporciona visão de si próprio sob a ótica do outro, agindo como fator de percepção de sua identidade. 

Já na técnica da inversão de papéis, o protagonista inverte papéis com os personagens do enredo psicodramático, contracenando com os egos-auxiliares que tomam seu próprio papel. 

É a técnica mais importante no Psicodrama, pois é a que investiga e desenvolve a possibilidade de estar em relação, privilegiando a percepção do protagonista (e, secundariamente, do grupo) dos significados afetivos e simbólicos que este tem para o outro e, reciprocamente, o outro tem para este. 

Para Jacob Levy Moreno, a relação pode atingir tal grau de intimidade que levaria ao estado existencial do "Encontro".

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Fecundação Os primeiros registro da matriz de todos os sentimentos de rejeição ou amor é vivido pelo ser humano, tem sua primeira experiência na FECUNDAÇÃO Por isso é necessário que a gestação seja regada de sentimentos de amor e acolhimento. Esse registro será determinante para que a pessoa apresente em sua vida características e comportamentos para toda sua vida.

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