OMS destaca necessidade urgente de transformar saúde mental e atenção - A prevenção ao suicídio deve ser uma prioridade: diretor da OPAS


OMS destaca necessidade urgente de transformar saúde mental e atenção

17 Jun 2022
Informe Mundial de SaludMental - Transformar la salud mental para todos

Relatório pede a tomadores de decisão e defensores da saúde mental que intensifiquem o compromisso e a ação para mudar atitudes, ações e abordagens à saúde mental, seus determinantes e cuidados

Genebra, 17 de junho de 2022 (OMS) — A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta sexta-feira (17) sua maior revisão mundial sobre saúde mental desde a virada do século. O trabalho detalhado fornece um plano para governos, acadêmicos, profissionais de saúde, sociedade civil e outros com a ambição de apoiar o mundo na transformação da saúde mental.

Em 2019, quase um bilhão de pessoas – incluindo 14% dos adolescentes do mundo – viviam com um transtorno mental. 

O suicídio foi responsável por mais de uma em cada 100 mortes e 58% dos suicídios ocorreram antes dos 50 anos de idade. 

Os transtornos mentais são a principal causa de incapacidade, causando um em cada seis anos vividos com incapacidade. 

Pessoas com condições graves de saúde mental morrem em média 10 a 20 anos mais cedo do que a população em geral, principalmente devido a doenças físicas evitáveis. 

O abuso sexual infantil e o abuso por intimidação são importantes causas da depressão.

 Desigualdades sociais e econômicas, emergências de saúde pública, guerra e crise climática estão entre as ameaças estruturais globais à saúde mental.

 A depressão e a ansiedade aumentaram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia.

Estigma, discriminação e violações de direitos humanos contra pessoas com problemas de saúde mental são comuns em comunidades e sistemas de atenção em todos os lugares; 20 países ainda criminalizam a tentativa de suicídio. Em todos os países, são as pessoas mais pobres e desfavorecidas que correm maior risco de problemas de saúde mental e que também são as menos propensas a receber serviços adequados.

Mesmo antes da pandemia de COVID-19, apenas uma pequena fração das pessoas necessitadas tinha acesso a cuidados de saúde mental eficazes, acessíveis e de qualidade.

Por exemplo, 71% das pessoas com psicose em todo o mundo não acessam serviços de saúde mental. Enquanto 70% das pessoas com psicose são tratadas em países de alta renda, apenas 12% das pessoas com essa condição recebem cuidados de saúde mental em países de baixa renda. 

Para a depressão, as lacunas na cobertura dos serviços são amplas em todos os países: mesmo em países de alta renda, apenas um terço das pessoas com depressão recebe cuidados formais de saúde mental e estima-se que o tratamento minimamente adequado para depressão varie de 23% em países de baixa renda para 3% em países de baixa e média-baixa renda.

Com base nas evidências mais recentes disponíveis, apresentando exemplos de boas práticas e expressando a experiência de vida das pessoas, o relatório da OMS destaca porque e onde a mudança é mais necessária e como ela pode ser melhor alcançada. 

Convida todas as partes interessadas a trabalharem juntas para aprofundar o valor e o compromisso dado à saúde mental, remodelar os ambientes que influenciam a saúde mental e fortalecer os sistemas que cuidam da saúde mental das pessoas.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse: “Todos conhecemos alguém afetado por transtornos mentais

A boa saúde mental se traduz em boa saúde física e este novo relatório é um argumento convincente para a mudança.

Os vínculos indissolúveis entre saúde mental e saúde pública, direitos humanos e desenvolvimento socioeconômico significam que a transformação de políticas e práticas em saúde mental pode trazer benefícios reais e substantivos para pessoas, comunidades e países em todos os lugares. O investimento em saúde mental é um investimento em uma vida e um futuro melhores para todos”.

Todos os 194 Estados Membros da OMS assinaram o Plano de Ação Integral de Saúde Mental 2013–2030, que os compromete com metas globais para transformar a saúde mental. Os progressos parciais alcançados na última década provam que a mudança é possível. 

Mas a mudança não está acontecendo rápido o suficiente e a história da saúde mental continua sendo de necessidade e negligência, com dois em cada três dólares do escasso gasto público em saúde mental são destinados a hospitais psiquiátricos independentes – mais que a serviços de saúde mental comunitários, onde as pessoas recebem melhor atenção. 

Durante décadas, a saúde mental tem sido uma das áreas mais negligenciadas da saúde pública, recebendo uma ínfima parte da atenção e dos recursos de que necessita e merece.

Dévora Kestel, diretora do Departamento de Saúde Mental e Uso de Substâncias da OMS, pediu mudanças. “Todo país tem ampla oportunidade de fazer progressos significativos em direção a uma melhor saúde mental para sua população. 

Seja formulando políticas e leis sobre saúde mental mais sólidas, ou introduzindo a saúde mental nos seguros médicos, fomentando e fortalecendo os serviços comunitários de saúde mental ou integrando a saúde mental à atenção geral à saúde, escolas e penitenciárias – o relatório inclui muitos exemplos que mostram que mudanças estratégicas podem produzir uma melhora considerável.

O relatório chama todos os países a acelerarem a implementação do Plano de Ação Integral de Saúde Mental 2013–2030. Faz várias recomendações de ação, agrupadas em três “caminhos para a transformação”, que se concentram na mudança de atitudes em relação à saúde mental, abordando os riscos e fortalecendo os sistemas de atenção. São elas:

1. Aprofundar o valor e o compromisso que damos à saúde mental. Por exemplo:

Aumentar os investimentos em saúde mental, não apenas garantindo fundos e recursos humanos adequados em todos os setores da saúde e outros setores para atender às necessidades de saúde mental, mas também por meio de uma liderança comprometida, buscando políticas e práticas baseadas em evidências e estabelecendo sistemas robustos de informação e monitoramento.

Incluir pessoas com problemas de saúde mental em todos os aspectos da sociedade e tomar decisões para superar o estigma e a discriminação, reduzir as disparidades e promover a justiça social.

2. Reorganizar os entornos que influenciam a saúde mental, incluindo lares, comunidades, escolas, locais de trabalho, serviços de saúde, etc. Por exemplo:

Fomentar a colaboração intersetorial, especialmente para compreender os determinantes sociais e estruturais da saúde mental e intervir de forma a reduzir riscos, gerar resiliência e desmontar barreiras que impedem pessoas com problemas de saúde mental de participar plenamente da sociedade.

Implementar ações concretas para melhorar os entornos para a saúde mental, como intensificar a ação contra a violência por parte do parceiro e o abuso e negligência de crianças e pessoas idosas; possibilitar a criação de cuidados para o desenvolvimento da primeira infância, disponibilizando apoio de subsistência para pessoas com problemas de saúde mental, introduzindo programas de aprendizagem social e emocional enquanto combate o bullying nas escolas, mudando atitudes e fortalecendo os direitos na atenção à saúde mental, aumentando o acesso a espaços verdes e proibindo pesticidas perigosos que estão associados a um quinto de todos os suicídios no mundo.

3. Reforçar a atenção à saúde mental mudando os lugares, modalidades e pessoas que oferecem e recebem os serviços. Por exemplo:

Estabelecer redes comunitárias de serviços interconectados que se afastem dos cuidados de custódia em hospitais psiquiátricos e cubram um amplo espectro de atenção e apoio por meio de uma combinação de serviços de saúde mental integrados à atenção geral de saúde; serviços comunitários de saúde mental; e serviços para além do setor da saúde.

Diversificar e ampliar as opções de atenção aos transtornos mentais mais comuns, como depressão e ansiedade, que tem uma relação custo-benefício de 5 para 1. 

Essa ampliação inclui a adoção de um método de distribuição de tarefas que expande a atenção baseada em evidências a ser oferecida também por profissionais de saúde em geral e provedores comunitários. 

Também inclui o uso de tecnologias digitais para apoiar a autoajuda guiada e não guiada e para fornecer atendimento remoto.



A prevenção ao suicídio deve ser uma prioridade: diretor da OPAS

8 Set 2023
ilustração de uma mulher mais velha segurando as mãos de um adolescente em um banco verde ao ar livre com o título "A prevenção do suicídio pode salvar vidas"

Washington, DC, 8 de setembro de 2023 (OPAS) - Com quase 100 mil mortes a cada ano nas Américas, "o suicídio é uma preocupação significativa de saúde pública para a região", disse Jarbas Barbosa, diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

De forma alarmante, a região experimentou um aumento de 17% na taxa de suicídio de 2000 a 2019, tornando-se a única região da Organização Mundial da Saúde (OMS) a testemunhar um aumento", disse Jarbas Barbosa em uma mensagem para marcar o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, que ocorre em 10 de setembro.

O diretor da OPAS enfatizou que "todo caso de suicídio é uma tragédia que afeta gravemente não apenas os indivíduos, mas também as famílias e as comunidades".

 Jarbas Barbosa enfatizou que "o suicídio pode ser evitado" e pediu aos países que "criem esperança por meio de ações" e "reduzam o suicídio na região".

Embora possa afetar pessoas de qualquer idade, em 2019 o suicídio foi a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos em todo o mundo. 

As mulheres têm maior probabilidade de tentar o suicídio, mas os homens têm maior probabilidade de concluir o ato: para cada mulher que morre por suicídio na região, são registradas 3,5 mortes de homens por suicídio. Além disso, as evidências disponíveis indicam um impacto desproporcional do suicídio entre grupos em situação de vulnerabilidade, como populações indígenas e pessoas LGBTQI+.

"A pandemia da COVID-19 exacerbou ainda mais os fatores de risco para o suicídio, incluindo desemprego, insegurança financeira e isolamento social", disse o diretor da OPAS, acrescentando que o combate ao suicídio exige um esforço coletivo.

Durante a última semana de setembro deste ano, ministros e autoridades sênior de saúde das Américas se reunirão no 60º Conselho Diretor da OPAS, onde discutirão uma nova estratégia para melhorar a saúde mental e prevenir o suicídio. A estratégia "destacará a prevenção ao suicídio como uma prioridade" para todos os países e áreas de governo e "enfatizará a necessidade de um compromisso multissetorial" para evitá-lo.

As estratégias para lidar com o suicídio incluem restringir o acesso a meios para o suicídio (por exemplo, armas de fogo, pesticidas, etc.), desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais para a vida em adolescentes, serviços e profissionais de saúde mental acessíveis e integrados no primeiro nível de atendimento e eliminação do estigma sobre a saúde mental, uma das principais barreiras à busca de ajuda.

Nesta semana, e para marcar o dia mundial, a OPAS organizou um webinar para promover a divulgação responsável do suicídio na mídia e nas redes sociais, que também é uma das principais estratégias baseadas em evidências para ajudar a preveni-lo.

Este ano, a OMS está atualizando seu guia Prevenção ao suicídio: um recurso para profissionais da mídia, com recomendações sobre o que fazer e o que não fazer em reportagens sobre suicídio.

A OPAS continua trabalhando com os países para promover estratégias baseadas em evidências sobre a prevenção ao suicídio, incluindo leis e políticas atualizadas de saúde mental e prevenção ao suicídio; regulamentos para limitar o acesso aos meios de suicídio; e relatórios responsáveis da mídia", disse Jarbas Barbosa. "Continuaremos a apoiar a educação e o treinamento de profissionais de saúde e o fortalecimento dos sistemas nacionais de vigilância para informar o desenvolvimento de estratégias de prevenção ao suicídio adaptadas localmente", acrescentou.

O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio foi criado em 2003 pela Associação Internacional de Prevenção ao Suicídio em conjunto com a OMS para chamar a atenção para o problema, reduzir o estigma associado a ele e aumentar a conscientização de que os suicídios podem ser evitados

O tema deste ano, "Criando esperança por meio da ação", é um chamado à ação e um lembrete de que existe uma alternativa ao suicídio e que, por meio de ações, a esperança pode ser incentivada e a prevenção fortalecida.


A Organização Mundial da Saúde (OMS) conceitua saúde mental como um “estado de bem-estar no qual o indivíduo realiza suas próprias habilidades, pode lidar com o estresse normal da vida, pode trabalhar de forma produtiva e frutífera e é capaz de fazer um contribuição para sua comunidade”. 

Os transtornos mentais e os transtornos relacionados a substâncias psicoativas são altamente prevalentes em todo o mundo e são os principais contribuintes para a morbidade, incapacidade e mortalidade prematura. 

No entanto, os recursos atribuídos pelos países para fazer face a este fardo são insuficientes, são distribuídos de forma desigual e, por vezes, utilizados de forma ineficiente. Em conjunto, isto levou a uma lacuna de tratamento que, em muitos países, é superior a 70%. O estigma, a exclusão social e a discriminação que ocorrem em torno das pessoas com perturbações mentais agravam a situação.

Fatos importantes
  • Os distúrbios de saúde mental aumentam o risco de outras doenças e contribuem para lesões não intencionais e intencionais.
  • Na Região, a depressão continua a ser a principal doença mental e é duas vezes mais frequente nas mulheres do que nos homens. 10% a 15% das mulheres nos países industrializados e 20% a 40% das mulheres nos países em desenvolvimento sofrem de depressão durante a gravidez ou no período pós-parto.
  • As perturbações mentais e neurológicas nos idosos, como a doença de Alzheimer, outras demências e a depressão, contribuem significativamente para o fardo das doenças não transmissíveis. Nas Américas, a prevalência de demência em idosos (com idade >60 anos) varia de 6,46% a 8,48%. As projeções indicam que o número de pessoas com demência duplicará a cada 20 anos.
  • Entre adultos com transtornos afetivos, de ansiedade e por uso de substâncias graves e moderados, a disparidade média de tratamento é de 73,5% para a Região das Américas, 47,2% para a América do Norte e 77,9% para a América Latina e o Caribe (ALC). A lacuna de tratamento na ALC é de 56,9% para a esquizofrenia, 73,9% para a depressão e 85,1% para o álcool.
  • A despesa pública média com a saúde mental em toda a Região representa apenas 2,0% do orçamento da saúde, e mais de 60% desta é atribuída a hospitais psiquiátricos.
Ficha informativa

A despesa média em serviços de saúde mental é globalmente de 2,8% da despesa total do governo com a saúde. Os países de baixo rendimento gastam cerca de 0,5% do seu orçamento de saúde em serviços de saúde mental, e os países de alto rendimento, 5,1%. Nas Américas, os gastos variam de 0,2% na Bolívia a 8,6% relatados pelo Suriname. Existe uma correlação linear directa significativa entre o rendimento nacional e as despesas governamentais em saúde mental como proporção do orçamento total da saúde. A OMS recomenda que a afectação das despesas com a saúde seja proporcional ao fardo da saúde e que haja paridade entre os aspectos físicos e mentais dos cuidados de saúde. Em termos práticos, isto significa que os serviços de saúde física e mental devem ser prestados de forma integrada,

Resposta da OPAS

Em 2013, a Assembleia Mundial da Saúde aprovou o Plano de Acção Abrangente para a Saúde Mental 2013-2020. O desenvolvimento e estabelecimento de políticas e programas para a promoção e prevenção da saúde mental são uma parte necessária dos esforços regionais para melhorar a saúde mental da população em geral. O Plano de Ação regional sobre Saúde Mental da OPAS inclui o desenvolvimento e implementação de programas de promoção e prevenção no contexto dos sistemas e serviços de saúde mental. Exemplos de estratégias amplas para a promoção da saúde mental e prevenção de doenças mentais ao longo da vida incluem campanhas de informação, promoção de direitos, programas para a primeira infância e competências ao longo da vida, fornecimento de condições de trabalho saudáveis ​​e programas de proteção contra abuso infantil e outros tipos de violência doméstica e comunitária.

Saúde Mental é um programa do Departamento de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental (NMH), que promove, coordena e implementa cooperação técnica para fortalecer as capacidades nacionais para desenvolver políticas, planos, programas e serviços, contribuindo assim para o bem-estar mental, prevenir transtornos mentais, enfatizar a recuperação e promover as pessoas com transtornos mentais a exercerem os seus direitos humanos para alcançar o mais alto nível possível de saúde e contribuir para o bem-estar das famílias e comunidades.


A Organização Pan-Americana da Saúde criou a Comissão de Alto Nível sobre Saúde Mental e COVID-19 para apoiar a Organização e seus Estados Membros na melhoria e fortalecimento da saúde mental nas Américas, tanto durante a pandemia como no futuro.





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