Disciplina: Gestão do Capital Intelectual


Recursos Humanos
Disciplina:
Gestão
do Capital Intelectual
Modalidade de Curso
Mini Curso Livre de Capacitação Profissional
Educadora: Kátia Rumbelsperger


Modalidade de Curso Curso livre de Capacitação Profissional

São conteúdos que fazem parte dos meus estudos online. 

Minha motivação é ajudar, orientar e cooperar com nossos amigos e amigas em sua capacitação, o mercado de trabalho exige constante atualização e aprendizado, resolvi presenteá-los. 

Vamos juntos aprender e ensinar, podem compartilhar, assim vocês cooperam com meu blog, recebo curtidas e ajuda financeira que complementam meu aprendizado. 

#Vamos#que#Vamos

NOTA:Ao término dessa leitura, para ter direito ao certificado, façam uma síntese do que aprendeu, sempre coloquem seus e-mails, seus links, (telefones se desejar). 

Vou colocar um link também, entre nele, leiam o artigo e façam uma síntese. Dessa forma vou saber que está interagindo e vou colocando no meu caderno de avaliação.

Parte 2

1- CAPITAL INTELECTUAL 

Capital intelectual é o conjunto de conhecimentos e informações, ou seja, a soma do CAPITAL HUMANO  e o capital estrutural. Pode ser definido como sendo a inteligência, a habilidade e os conhecimentos humanos. 

Esses conhecimentos podem ser tácitos - advindos das experiências ao longo da vida, ou explícitos - são estruturados, criptografados e armazenados, sendo possível sua transmissão a outras pessoas.


A Sociedade Baseada no Conhecimento

Em 1968, portanto há 34 anos, Peter Drucker escreveu "Uma Era da Descontinuidade" (1970, p.7-9), quando já percebia tendências que levariam ao que intitulou: A Sociedade do Conhecimento. Naquela ocasião, Drucker apontou descontinuidades em quatro áreas, que vale destacar:
"1. Estão surgindo tecnologias genuinamente novas. É quase certo que elas criarão novas indústrias importantes e novos tipos de grandes empresas e que tornarão, ao mesmo tempo, obsoletas as grandes indústrias e empreendimentos atualmente existentes. [...] As próximas décadas da tecnologia lembrarão, mais provavelmente, as últimas décadas do século passado, quando nascia uma grande indústria baseada em nova tecnologia poucos anos após o aparecimento de outra, e não farão lembrar a continuidade tecnológica e industrial dos últimos cinqüenta anos.

2. Estamos diante de grandes mudanças na economia mundial. [...] O mundo tornou-se, em outras palavras, um mercado, um centro de compras global.
3. A matriz política da vida social e econômica está mudando celeremente. A sociedade e a nação de hoje são pluralistas.

4. Mas a mais importante das mudanças é a última. O conhecimento, nestas últimas décadas, tornou-se o capital principal, o centro de custo e o recurso crucial da economia. Isso muda as forças produtivas e o trabalho; o ensino e o aprendizado; e o significado do conhecimento e suas políticas. Mas também cria o problema das responsabilidades dos novos detentores do poder, os homens do conhecimento."

As tendências percebidas por Drucker, em 1968, hoje são uma realidade. 


Resultado de imagem para Peter Drucker




Resultado de imagem para Peter Drucker





Isto pode ser verificado por proeminentes autores especialistas no assunto, como Alvin Toffler, Ikujiro Nonaka, Hirotaka Takeuchi, Richard Crawford, Lester Thurow, James Brian Quinn, Robert Reich, entre outros. Cada um a seu modo reconhece, denomina e justifica a sociedade atual, assumindo o seu grande referencial: o conhecimento.










Nonaka & Takeuchi (1997, p. 5) justificam a importância do conhecimento para a sociedade atual, citando Drucker: 

"Na nova economia o conhecimento não é apenas um recurso, ao lado dos tradicionais fatores de produção - trabalho, capital e terra - mas sim o único recurso significativo atualmente. [...] o fato de o conhecimento ter-se tornado o recurso, muito mais do que apenas um recurso, é o que torna singular a nova sociedade.

Em outra obra, Drucker (1993, p.23) reconhece o recurso do conhecimento como essencial e os demais como restrições, pois sem terra, mão-de-obra e capital, nem mesmo o conhecimento pode produzir.

Na mesma linha de raciocínio, assim se expressa Toffler (apud Nonaka & Takeuchi, 1997, p.5): 

"O conhecimento passou de auxiliar do poder monetário e da força física à sua própria essência e é por isso que a batalha pelo controle do conhecimento e pelos meios de comunicação está se acirrando no mundo inteiro. [...] o conhecimento é o substituto definitivo de outros recursos."

Referindo-se especificamente às mudanças que o novo recurso está impondo às organizações, Quinn (1992, p. 241) comenta:
"Com raras exceções, o poder econômico e produtivo de uma moderna corporação está mais na capacidade de serviços intelectual do que nos ativos tangíveis - terra, planta, equipamentos. Está no valor do desenvolvimento do conhecimento baseado nos intangíveis, como know-how de tecnologia, desenhos de produtos, marketing, compreensão das necessidades dos clientes, criatividade pessoal e inovação. [...] provavelmente três quartos do valor agregado a um produto derivam do conhecimento previamente embutido nele."

O Capital Intelectual é o material intelectual - conhecimento, informação, propriedade intelectual, experiência, que se pode aproveitar para a criação de riqueza, sendo um conjunto de benefícios intangíveis que agregam valor às empresas e representa um diferencial competitivo em relação aos concorrentes, sendo muito importante para o desenvolvimento das Organizações.

Conforme o conceito de Edvinsson e Malone (1998), o capital intelectual é uma parte invisível, porém, conforme Stewart (1998), o capital intelectual está sendo limitado a nada mais do que material intelectual.
Resultado de imagem para Edvinsson e Malone (1998)


Stewart (1998), um dos grandes especialistas sobre o assunto, afirma que: Capital Intelectual é a soma de todos os conhecimentos que possuem os empregados de uma empresa, o que lhe proporciona vantagem competitiva.



Ao contrário dos ativos, com os quais os empresários e contabilistas estão familiarizados com propriedade, fábricas, equipamento, dinheiro -,o capital intelectual é intangível.

Constitui a matéria intelectual: 
  •  conhecimento, 
  •  informação, 
  •  propriedade intelectual, 
  •  experiência,que pode ser utilizada para gerar riqueza.

O capital intelectual abrange o conhecimento e a inteligência das pessoas agregando valor aos produtos e serviços, possuindo o intuito de facilitar o aprendizado para estimular a criatividade, desenvolver a capacidade individual e do grupo, e gerar um diferencial de competência, obtendo vantagem competitiva para as empresas que estão destinando a devida importância a este novo capital.

Existem empresas, pessoas e organizações que escolhem produzir com ações individuais, mas isso deve ser alterado, para que o conhecimento e a informação não fiquem nas mãos de uma única pessoa e vá embora quando esta sair da empresa, causando prejuízo frente aos seus clientes e investidores. Muitas empresas estão adotando e investindo no trabalho em equipe, estimulando o aprendizado em grupo.


Brooking (1996) conceitua capital intelectual como uma combinação de ativos intangíveis, oriundos das mudanças nas áreas da tecnologia da informação, mídia e comunicação, que trazem benefícios intangíveis para as empresas e que capacitam seu funcionamento.



Segundo Antunes e Martins (2005), Capital Intelectual é o somatório do
conhecimento proveniente das habilidades aplicadas (conhecimento tácito) dos membros da organização com a finalidade de trazer vantagem competitiva, materializado em bons relacionamentos com clientes e no desenvolvimento de novas tecnologias.

1.1 - Segundo Brooking apud Antunes & Martins (2002), o capital intelectual pode ser dividido em quatro categorias:
  • Ativos de Mercado: potencial que a empresa possui em decorrência dos intangíveis que estão relacionados ao mercado, tais como: marca, clientes,lealdade dos clientes, negócios recorrentes, negócios em andamento, canais de distribuição e franquias.
  • Ativos Humanos: compreendem os benefícios que o indivíduo pode proporcionar para as organizações por meio da sua expertise, criatividade, conhecimento, habilidade para resolver problemas,visto de forma coletiva e dinâmica.
  • Ativos de Propriedade Intelectual: incluem os ativos que necessitam de proteção legal para proporcionar benefícios às organizações.

Ativos de Infra - estrutura: compreendem as tecnologias, as metodologias e os processos empregados, como cultura, sistema de informação, métodos gerenciais, aceitação de risco e banco de dados de clientes.


1. 2 - Os fatores que geram o capital intelectual, de acordo com Brooking apud Antunes & Martins (2002), são:


Conhecimento, pelo funcionário, de sua importância para os objetivos da
empresa;
  • funcionário tratado como ativo raro;
  • alocar a pessoa certa na função certa, considerando suas habilidades;
  • oportunizar o desenvolvimento profissional e pessoal;
  • identificação do know-how (segredos industriais) gerado pela Pesquisa e Desenvolvimento (P & D);
  • avaliar o retorno sobre o investimento em P & D;
  • definir uma estratégia proativa para tratar a propriedade intelectual;
  • mensurar o valor de marcas;
  • avaliar investimentos em canais de distribuição;
  • avaliar a sinergia resultante de treinamento e os objetivos corporativos;
  • prover infra estrutura e adequado ambiente de trabalho;
  • valorizar a opinião dos funcionários;
  • oportunizar a participação dos empregados na definição
  • dos objetivos da Organização;
  • estimular os funcionários para a inovação.


De acordo com Dal Piero (2000): "é comum o pensamento de que seres humanos não devem ser tratados como despesa. No mínimo, devem ser vistos como ativos da empresa. No entanto, este ativo produz a partir de movimentos intangíveis  - o pensamento, o raciocínio, a síntese e análise – e assim tornar -se difícil de contabilizar, dimensionar potencial e dar uma face econômica/financeira do ser humano".

O conhecimento é fator importante para o sucesso de uma empresa.
As empresas estão investindo em profissionais mentalmente qualificados,
abandonando a força bruta muito utilizada na Era Industrial. Investindo em cursos, palestras, qualificações que agregam conhecimento, sinônimo de valor na hora de realizar os trabalhos e tomar decisões dentro da organização.

O conceito de capital intelectual pode ser entendido se imaginarmos a passagem da



Era Industrial para a Era do Conhecimento. É mais evidente quando a força física passa a ser menos utilizada do que o conhecimento.
Resultado de imagem para Era Industrial para a Era do Conhecimento.
https://imasters.com.br/gerencia-de-ti/sociedade-baseada-conhecimento/?trace=1519021197&source=single



Dentro dessa linha de raciocínio é possível citar também o aumento da competitividade dinâmica do mercado, da volatilidade dos capitais, da  conscientização dos clientes, dos fornecedores, dos funcionários e da comunidade em geral.

A mistura de todos esses fatos fez os executivos perceberem que no atual cenário global, a rapidez, a inovação, a flexibilidade, o conhecimento e a capacidade de aprendizado individual e coletivo tornaram - se mais importantes que os próprios bens materiais, exigindo, assim, uma nova forma de gerenciamento (ENSSLIN e SCHNORRENBERGER, 2004).

Xavier, apud Marçula (1999), define capital intelectual como o conjunto dos conhecimentos e informações possuídos por uma pessoa ou instituição e colocados.ativamente a serviço da realização de objetivos econômicos.

A era atual, como diz Sá (2002) exige a capitalização de intelectos (no sentido de investimentos maiores em qualidade da inteligência agente sobre os capitais) na busca da eficácia comum dos mais importantes valores das células sociais e de aumento do valor efetivo da própria riqueza.

Stewart (1998) indaga a respeito de onde procurar o capital intelectual, e afirma que este está em um destes três lugares: pessoas, estruturas e clientes, que são pontos  estrategicamente importantes. 

Assim, pode-se concluir que o capital intelectual é formado por três componentes que interagem: capital humano, capital estrutural e capital de clientes.


2 - Capitais humano

O Capital Humano é aquele incorporado nas pessoas que possuem talentos para criação de produtos e serviços de qualidade, com o intuito de atrair clientes e satisfazê-los da melhor maneira possível.

As pessoas geram capital para a empresa através de suas competências, atitudes e capacidade para inovar.

As competências incluem as habilidades e a educação e as atitudes se referem às condutas.

A capacidade de inovar é que pode gerar mais valor para uma empresa.

O capital humano é composto pelo conhecimento acumulado, à habilidade e as experiências dos empregados, os valores, a cultura, a filosofia da empresa, e diversos ativos intangíveis, ou seja, as pessoas que são os ativos humanos da empresa.

A principal estratégia da empresa será de atrair, reter, desenvolver e aproveitar o máximo o talento humano, que será cada vez mais, a principal vantagem competitiva.

Segundo Duffy (2000), capital humano é o valor acumulado de investimentos em treinamento,competência e futuro de um funcionário. Também pode ser descrito como competência do funcionário, capacidade de relacionamento e valores.


2.1- Para entender melhor o capital humano, é preciso entender as habilidades que determinam qualquer tarefa, processo ou negócio, relacionadas abaixo:

Habilidade do tipo commodity: são as habilidades adquiridas, costumam não serem específicas de uma empresa e podem ter o mesmo valor para qualquer organização. É por exemplo, a habilidade de atender ao telefone.

Habilidades alavancadas: o conhecimento pode ser mais valioso para uma determinada empresa do que para outra. São específicas a um setor e não a uma empresa.

Habilidades proprietárias: são os talentos específicos à empresa, em torno dos quais uma organização constrói seu negócio. Pode ser codificada em forma de patentes, direitos autorais, expertise.

A gestão do capital humano passa pelo levantamento do potencial humano, pela identificação das potencialidades estratégicas a desenvolver e pela capacitação necessária.

O capital humano, portanto, configurando-se como um grande referencial de sucesso no meio empresarial, é o que vai determinar o futuro da companhia. 

Sem um gerenciamento adequado deste requisito, nenhuma empresa terá sucesso com suas metas e objetivos e, consequentemente, não alcançará os resultados esperados e nem pretenderá manter-se competitiva no mercado.

Conhecimento e habilidades podem ser ensinados, transferidos de uma pessoa para outra; talento é o próprio estilo da pessoa, e não pode ser transferido para outro.

A grande chave do sucesso de uma empresa é ajudar seus funcionários a conduzirem seus talentos na busca de um excelente desempenho.

Talento é a essência da pessoa, o que compreende seus pensamentos e sentimentos. Nenhum talento é igual a outro: as pessoas são diferentes e todos os tipos de talentos são importantes.

De acordo com Stewart (1998),

quando o principal executivo diz “as pessoas são nosso ativo mais importante”, ele está falando das pessoas que sabem como servir aos clientes de modo a proporcionar à empresa vantagem competitivas.”.

Ou seja, deve-se esclarecer que funcionários que não agregam valor à empresa no sentido de doação, colaboração e interesse, não devem ser considerados ativos; valiosos para a empresa, pois não fazem diferença alguma e até atrapalham o progresso dos demais.

A empresa deve saber diferenciar os tipos de colaboradores, pois alguns são ativos importantíssimos e outros são apenas custos, muitas vezes de grande valor.

Faz-se necessária a existência de gastos com treinamentos e formação para a obtenção de um retorno em forma de atitudes, pois quanto mais motivados e interessados os colaboradores, mais se sentem parte da empresa.

Straioto (2000) considera que o capital humano é um recurso empresarial e deve ser considerado um ativo, pois possui capacidade de gerar benefícios futuros para a empresa.

O Capital Humano está relacionado com colaboradores altamente qualificados, com a sua formação, satisfação, rotação e flexibilidade. 

Daí a importância do investimento em capital humano para fazer face aos desafios concorrenciais, sendo ele, necessário a uma organização, pois ela é a fonte de inovação e renovação.

Quanto maior é a qualidade do seu capital humano, maior tende a ser a eficácia da empresa frente aos seus clientes e concorrentes.

3-Capital Estrutural

Este capital refere-se ao conhecimento contido e retido, ao conhecimento de propriedade da empresa e inclui dados, tecnologias, estrutura e sistemas, rotinas e procedimentos organizacionais.


A infra-estrutura que apóia o capital humano, como equipamentos de informática, softwares, bancos de dados, também forma o capital estrutural, tendo como objetivo relacionar pessoas com especialistas e informações e clientes à empresa.

Stewart (1997) define o capital estrutural como aquele que permanece na empresa.

O capital estrutural pertence à empresa como um todo, podendo ser reproduzido e compartilhado. 

Alguns dos seus componentes recebem a denominação de direitos legais de propriedade – tecnologias, invenções, dados, publicações, processos patenteáveis, direitos autorais e outros.

O capital estrutural também inclui a estratégia, a cultura, estruturas e sistemas, rotinas organizacionais e procedimentos.

O capital estrutural é o valor que pertence à empresa. "É fruto da inteligência humana e baseia-se em pessoas dispostas a compartilhar, que é um ato sempre voluntário. 

A liderança é fundamental para o sucesso da sua gerência" (Mário Henrique, 2000).

Duffy (2000) diz que este capital é o valor que é deixado na empresa, quando os funcionários – capital humano – saem da empresa. Exemplos: bases de dados, listas de clientes, manuais, marca e estruturas organizacionais.


Compreende os ativos intangíveis relacionados com a estrutura e os processos de funcionamento interno e externo da organização que apoiam o capital humano,ou  tudo o que permanece na empresa quando os empregados vão para casa.


3.1-Edvinsson (1997) propõe a seguinte divisão para o capital estrutural:

Capital organizacional: abrange o investimento da empresa em sistemas, instrumentos e filosofia operacional que agilizam o fluxo de conhecimento pela organização, bem como em direção às áreas externas, como aquelas voltadas para os canais de suprimento e distribuição.

Capital de inovação: refere-se à capacidade de renovação e aos resultados da inovação sob a forma de direitos comerciais amparados por lei, propriedade intelectual e outros ativos e talentos intangíveis utilizados para criar e colocar rapidamente no mercado de novos produtos e serviços.

Capital de processos: é constituído por aqueles processos, técnicas (como o ISO 9000) e programas direcionados aos empregados, que aumentam e ampliam a eficiência da produção ou a prestação de serviços. É o tipo de conhecimento prático empregado na criação contínua de valor.

Para gerenciar o capital estrutural, é preciso uma rápida distribuição do conhecimento, aumento do conhecimento coletivo, menor tempo de espera e
profissionais mais produtivos. 

A função da gerência da empresa é utilizar corretamente o capital estrutural, para que o mesmo aumente o valor para os acionistas.


3.2 -Baum & Gonçalves (2001) dizem que no capital estrutural se destacam dois aspectos, o tecnológico e a infra-estrutura.

O capital tecnológico é formado pelas patentes, marcas registradas, banco de dados, softwares, copyrights, franquias, tecnologias de processos e de produtos.


O capital relativo à infra-estrutura da empresa é representado pela estrutura de comando, a filosofia e cultura da organização, processos de gestão e sistemas de informação.

4 -Capital do Cliente

É definido como o valor de sua franquia, seus relacionamentos contínuos com pessoas e organizações com as quais negocia e é justamente neste componente, que o capital se transforma em dinheiro, por isso que este capital é medido com mais frequência do que os outros.

Stewart (1998) diz que o capital do cliente é muito semelhante ao capital humano: não se pode possuir os clientes do mesmo modo como não se podem possuir pessoas.

Mas da mesma forma como uma organização pode investir em funcionários não apenas para aumentar seu valor como indivíduos, mas também para criar ativos de conhecimento para a empresa como um todo.

A empresa e seus clientes podem aumentar o capital intelectual que é sua propriedade, em conjunto e em particular.

Para Sveiby (1998), a escolha da empresa do conhecimento no que diz respeito a clientes, portanto, tem um significado estratégico vital, porque o tipo de cliente com os quais uma empresa do conhecimento trabalha, determina tanto a qualidade quanto a quantidade de suas receitas intangíveis do conhecimento.

Existem três tipos de clientes, segundo o mesmo autor; 


  • os clientes que melhoram a imagem, no qual suas referências e seus depoimentos são muitos valiosos; 
  • os clientes que melhoram a organização, esses exigem soluções de ponta, melhorando a estrutura interna da empresa; e os 
  • clientes que aumentam a competência, que contribuem com projetos, que desafiam a competência dos funcionários, fazendo que os funcionários aprendam com eles.

É muito importante para as empresas a gerência do capital do cliente. Os investimentos no capital do cliente devem ser realizados em conjunto com os clientes, buscando o benefício para ambos no que diz respeito às informações e aos conhecimentos gerados.



4.1 -Oliveira (2002) relaciona algumas maneiras de investir no capital do cliente:

Inove com os clientes: independente de quem seja o seu comprador, ele deseja obter o máximo do cliente dele. 

Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento podem ser muito mais produtivos, caso já se tenha um cliente capaz de se beneficiar pelo fato de ser o primeiro a experimentar a inovação.

Invista em seus clientes de empowerment: oferecer aos clientes a oportunidade de acompanhar eletronicamente, passo a passo, a fabricação de um produto, pode ter desvantagens com relação ao poder de barganha.

Entretanto, apresenta uma infinidade de vantagens, destacando-se a possibilidade de se obter feedback do cliente, antes mesmo de se cometer erros.

Concentre-se nos clientes como indivíduos: o empowerment, como benefício, aumenta a capacidade da empresa em adquirir informações sobre os seus clientes. 

Entretanto, transformar essas informações em capital do cliente, um ativo duradouro, requer a capacidade de atender com flexibilidade às necessidades dos clientes individuais. 
Isso torna necessário que as informações a serem utilizadas possam ser extraídas de bases de dados organizadas por clientes, onde constem cadastros individualizados.

Divida os ganhos com seus clientes: o conceito de capital do cliente só faz sentido quando o produtor e o cliente não lutam pelo excedente que criaram juntos, mas concordam abertamente em possuí-los juntos.

Quanto mais estreitos os laços entre produtor e consumidor, maior é a capacidade de se gerar excedente em forma de capital do cliente.


Aprenda o negócio do seu cliente e lhe ensine o seu: afinal, quanto melhor informado estiver sobre o negócio de um cliente, melhor poderá servi-lo. Isso se dará através da identificação das necessidades não expressas do cliente, o que permitirá o desenvolvimento de produtos que os atendam.


Torne-se indispensável: as informações sobre o cliente podem e devem ser utilizadas para que se busque ofertar um serviço vital para o cliente, de difícil substituição por outro fornecedor. Por meio de informações, é possível conhecer as características e especificidades de determinado produto que o tornam especialmente atraente aos olhos do comprador.

Verifica-se, então, a necessidade de controle desses três fatores que interagem entre si: capital humano, estrutural e de clientes, para obter um capital intelectual bem estruturado, que possa ser mensurado e avaliado, de acordo com as características e particularidades de cada organização para obter resultados satisfatórios e contribuir com a contabilidade através de novas informações, proporcionando uma visão mais moderna e atual.


5-CONCLUSÃO
Com as mudanças tecnológicas, houve uma profunda alteração de valores na sociedade, e o conhecimento passou a ter uma importância fundamental em todas as atividades desta nova era.

 A grande questão é saber identificar e divulgar o conhecimento gerado dentro da empresa, promovendo a transformação de material intelectual bruto gerado em capital intelectual, e que garanta uma trajetória decrescimento e desenvolvimento.

Na Era da informação e com a valorização do conhecimento é possível copiar as máquinas e equipamentos, produtos dos concorrentes, porém, é impossível copiar o intelecto e suas informações. Portanto, para que uma empresa desenvolva bons produtos e serviços, deve ser composta de um qualificado capital humano originado pelo conhecimento adquirido e experiência das pessoas, alcançando seus objetivos e aumentando a sua riqueza.

O capital Intelectual surge como uma forte alternativa para todas as organizações, independentemente de tamanho, atividade ou nacionalidade.

Sabe-se que existe a consciência da necessidade de continuar com estudos e definições, a fim de tornar o capital intelectual uma ferramenta gerencial cada vez
mais eficiente.

Este texto demonstra a importância do Capital Intelectual para a tomada de decisão no âmbito interno das organizações, que se apresenta como uma forma de incrementar o desempenho e a competitividade.

 Resultado de imagem para Gestão do Capital Intelectual


Fonte : ROBREDO, Jaime. Working Knowledge. 1998











REFERÊNCIAS:

http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/qual-e-o-verdadeiro-significado-de-capital-intelectual/62410/



ANTUNES, M. T. P. MARTINS, E. Capital intelectual: verdades e mitos. Revista de Contabilidade & Finanças da USP –FEA –Departamento de Contabilidade e Atuaria. São Paulo –
SP, ano XIII, nº 29, p.41-54, mai/agos.2002.

BAUM, M. S. GONÇALVES, O. Ativos intangíveis – mensurar ou ignorar. In Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul, 8., 2001, Gramado. Anais da VIII Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul. Gramado: RS, 2001. v.3, p.101-120.

BROOKING, Annie. (1996). “Intellectual Capital: Core Asset for the Third Millennium Enterprise”. Boston: Thomson Publishing Inc.;

BROOKING, A. Intellectual capital. Londres: International Thompson Business Press, 1996.

CRAWFORD, Richard. Na era do capital humano: o talento, a inteligência e o conhecimento como forças econômicas, seu impacto nas empresas e nas decisões de investimento. São Paulo: Atlas, 1994.

DUFFY, Daintry. Uma idéia capital. HSM Management. Revista de Informação Conhecimentos para Gestão Empresarial. São Paulo –
SP: ano 4, nº 22, p.72-78, set/out/2000.

DAL PIERO, Francisco (2000). A "Era da Marca". Um Recado aos Contadores / O Momento é de Proteger e Contabilizar o Capital Intelectual. http://www.rondonia.com

DUFFY, Daintry. Uma idéia capital. HSM Management. Revista de Informação Conhecimentos para Gestão Empresarial. São Paulo
–SP: ano 4, nº 22, p.72-78, set/out/2000.

DRUCKER, Peter F. Sociedade pós-capitalista. 5.ed. são Paulo: Pioneira, 1996.

EDWINSSON, L. O capital intelectual como instrumento de gestão. Administração e finanças. Case Studies –Skandia. Insight. jul/ago. 1997.

EDWINSSON, L. MALONE, M. S. Capital intelectual: descobrindo o valor real de sua empresa pela identificação de seus valores internos. São Paulo: Makron Books, 1998.

ENSSLIN, Ph.D. Leonardo & SCHNORRENBERGER, Darci. Gerenciamento de intangíveis: sonho ou realidade? Revista Brasileira de Contabilidade, Brasília, mai./jun. 2004.

OLIVEIRA, F. M. G. SILVA, Mariana Maciel da. Capital intelectual.
http://www.dep.ufscar.br/pet/kintelec.htm. Acesso em: 02 jul.2002.

MARÇULA, M. Metodologia para gestão do conhecimento apoiada pela tecnologia da informação. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO –ENEGEP, 19., 1999, Rio de Janeiro.

MENDES, Mário Henrique de Freitas (2000). Capital Intelectual: O Desafio do Terceiro Milênio. http://www.uefs.br/exerecic/

PADOVEZE, Clóvis Luís. Aspectos da gestão econômica do capital humano. Revista de Contabilidade do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo. São Paulo –SP: ano IV, nº 14, p.4-20, dez/2000.

PAIVA, Simone Bastos. O capital intelectual e a contabilidade: o grande desafio no alvorecer do 3° milênio. Revista Brasileira de Contabilidade. Brasília, ano 28, n. 117, p. 76-82,maio/jun. 1999.

http://www.scielo.br/pdf/gp/v10n2/a02v10n2.pdf

STEWART, Tomas A. Capital intelectual: a nova vantagem competitiva das empresas. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

STRAIOTO, Dizia Maria G. T. Contabilidade e os ativos que agregam vantagens superiores e sustentáveis de competitividade
– O capital intelectual, A. Revista Brasileira de Contabilidade,
Brasília, jul./ago. 2000.

SÁ, Antônio Lopes de. Ativo Intangível e potencialidades dos capitais. Revista Brasileira de Contabilidade, Brasília, ano 29, n. 125, p. 46 - 53, set./out. 2000. SÁ, A. L. de. Os valores intangíveis da riqueza patrimonial e a contabilidade do intelectual.
http://www.lopesdesa.com.br. Acesso em 01 jun.2002.

SVEIBY, Karl Erik. A nova riqueza das organizações: gerenciando e avaliando patrimônios de conhecimento. Tradução de Luiz Euclydes Trindade Frazão Filho – Rio de Janeiro: Campus, 1998.

SVEIBY, Karl Erik O valor do intangível. HSM Management. Revista de Informação e Conhecimentos para Gestão Empresarial. São Paulo –SP: ano 4, nº 22, p.66- 69, set/out/2000.

 














Fecundação Os primeiros registro da matriz de todos os sentimentos de rejeição ou amor é vivido pelo ser humano, tem sua primeira experiência na FECUNDAÇÃO Por isso é necessário que a gestação seja regada de sentimentos de amor e acolhimento. Esse registro será determinante para que a pessoa apresente em sua vida características e comportamentos para toda sua vida.

Comentários

Postagens mais visitadas