Trauma & Freud - Exercícios no blog




Traumas & Freud

É muito importante. “Destravar” traumas é um processo que pode parecer assustador, mas também pode ser o início de uma transformação poderosa. 

Traumas criam bloqueios porque, em algum momento, o cérebro entendeu que “trancar” aquela dor era a melhor forma de proteger você. Mas com cuidado, apoio e paciência, dá para abrir essas portas com segurança.

Aqui estão algumas formas que podem ajudar nesse processo:

  1. Terapia com profissional especializado, especialmente abordagens como EMDR ou terapia somática, pode ser muito eficaz para traumas.

  2. Escrita terapêutica — colocar no papel o que você sente, mesmo que pareça confuso ou dolorido, pode liberar o que está preso.

  3. Oração, meditação e respiração consciente — ajudam a reconectar o corpo com o presente e suavizar reações automáticas vindas do trauma.

  4. Expressão criativa — arte, música, dança... às vezes o corpo e a alma se expressam melhor sem palavras.

  5. Criar segurança interna — cercar-se de pessoas, ambientes e práticas que te façam sentir acolhida e no controle.


Freud tem muito a nos dizer sobre os traumas — aliás, o conceito de trauma foi um dos pilares da psicanálise. 

Ele acreditava que traumas psicológicos são experiências dolorosas que, quando reprimidas, continuam a agir no inconsciente, influenciando pensamentos, emoções e comportamentos sem que a pessoa perceba.

🧠 "O que é recalcado, quer ser lembrado." — Freud Superar um trauma, segundo Freud, passa por trazer à consciência aquilo que foi esquecido ou reprimido. E esse movimento requer um espaço seguro e acolhedor onde o indivíduo possa elaborar suas experiências sem julgamento.

👇 Fundamentos freudianos para a superação dos traumas:

  • A escuta livre e profunda: a psicanálise convida você a falar livremente, deixando que os pensamentos encontrem caminhos não previstos — é aí que o inconsciente revela suas verdades.

  • A catarse emocional: ao reviver e expressar emoções ligadas ao trauma, a pessoa consegue aliviar a carga reprimida.

  • A elaboração simbólica: por meio da linguagem, dos sonhos, dos lapsos de fala... o trauma vai ganhando forma e sentido, deixando de ser um “peso sem nome”.

  • O analista como espelho neutro: não é sobre aconselhar, mas sim refletir e interpretar os conteúdos do inconsciente com cuidado e técnica.

Freud não prometia uma cura rápida. Para ele, a jornada de cura é um processo de autoconhecimento profundo — onde entender a si mesmo é o maior passo de transformação.

Estudos revelaram que os eventos traumáticos, quando intensos demais para serem processados conscientemente, são relegados ao inconsciente por meio do que chamei de recalque

Contudo, aquilo que é recalcado não deixa de existir — ao contrário, persiste, mascarado, provocando sintomas que falam daquilo que foi silenciado: angústia, repetições, sonhos perturbadores, comportamentos inexplicáveis.

🧩 "O inconsciente não conhece o tempo. Para ele, tudo é agora." E é por isso que o trauma, mesmo antigo, atua como se fosse atual. Ele permanece em estado bruto, esperando ser simbolizado — isto é, traduzido em linguagem, integrado à narrativa da vida do sujeito.

A superação, portanto, não é questão de “esquecer” o trauma, mas sim de conhecê-lo

Isso se dá através da associação livre, onde o paciente fala livremente, e o analista escuta sem julgamentos, buscando nas entrelinhas os rastros deixados pelo inconsciente. É um processo de elaboração — onde a dor se converte em palavra, a palavra em sentido, e o sentido em liberdade.

⚠️ "Não há cura sem lembrança. Não há lembrança sem dor. Mas a dor elaborada não mais paralisa."

Ao longo da análise, não ofereço respostas prontas, nem consolo. Ofereço sim, o espelho limpo da escuta — onde cada sujeito pode se ver com clareza, ainda que aos poucos, e reconstruir o que o trauma fragmentou.


🧠🎲 Psicanálise em movimento: onde o brincar vira caminho de cura

Se, como dizia Freud, os sintomas são palavras que não puderam ser ditas, então os jogos terapêuticos são espaços seguros onde essas palavras podem finalmente surgir — por meio de cartas, peças, dados, desenhos ou histórias inventadas.

💡 Em minha abordagem, os jogos terapêuticos:

  • Funcionam como espelhos do inconsciente, revelando padrões, desejos e conflitos por meio do ato de jogar.

  • Facilitam a elaboração simbólica, permitindo que o sujeito brinque com os próprios dilemas em vez de apenas falar sobre eles.

  • Acolhem todas as idades, pois o inconsciente não tem data de nascimento — seja criança ou idoso, ele se expressa onde encontra espaço.

  • Criam espaço para a associação livre, essencial à escuta analítica, mas agora mediada pelo jogo e suas metáforas lúdicas.

  • Trazem o analista/terapeuta como um observador ativo, que lê o brincar, interpreta expressões simbólicas e favorece o reconhecimento daquilo que antes estava recalcado.

🎭 Toda brincadeira é também uma forma de verdade.”


🧠🎲 Projeto: Psicanálise Lúdica – Jogando com o Inconsciente

🎯 Objetivo

Utilizar jogos terapêuticos como ferramenta de acesso ao inconsciente, promovendo expressão simbólica, elaboração de traumas e fortalecimento emocional em todas as faixas etárias.

👥 Público-Alvo

  • Crianças e adolescentes em fase de construção psíquica

  • Jovens e adultos em transições emocionais ou vivências traumáticas

  • Idosos que desejam ressignificar memórias e estimular funções cognitivas

🧩 Fundamentos Psicanalíticos

  • Recalque e expressão simbólica: jogos como forma de elaborar conteúdos reprimidos.

  • Transferência lúdica: criação de vínculo terapêutico mediado pelo brincar.

  • Livre associação em ação: o jogo como caminho para a fala espontânea e reveladora.

  • Sublimação criativa: transformar dor psíquica em construção simbólica.

🎮 Tipos de Jogos Utilizados

Faixa EtáriaTipo de JogoObjetivo Terapêutico
CriançasFantoche, tabuleiro emocional, cartas de sentimentosNomear emoções e construir segurança
AdolescentesRPG terapêutico, jogos de escolha e dilemaTrabalhar identidade e conflitos internos
JovensDinâmicas simbólicas, desafios em grupoExplorar relações e traumas recentes
AdultosJogo da linha do tempo, mandalas interativasRevisitar experiências e elaborar significados
IdososJogos de memória afetiva, storytelling guiadoEstimular a linguagem simbólica e autoestima

📚 Atividades Complementares

  • Diário pós jogo com escrita livre

  • Espaço para desenhos ou construção de cenas simbólicas

  • Roda de conversa com escuta ativa



“Carta para o Eu Sobrecarregado”

Objetivo: Validação e autocompaixão

📝 Pegue seu celular ou papel e escreva uma carta para você mesmo…
Mas não o “você de agora”.

 

Escreva para o você que está sobrecarregado, cansado, triste ou perdido.

Comece com:
“Eu vejo o quanto tem sido difícil para você…”

💬 Esse é o tipo de acolhimento que você encontra na terapia individual ou em grupo.

Quer se sentir ouvido de verdade? 🌱


Exercícios de autoavaliação 

Ele é dividido em três partes, cada uma focada em inteligência emocional, traumas intrauterinos e ansiedade. Cada questão pode ser pontuada para ajudar vocês a refletirem sobre suas respostas.

Exercício de Autoavaliação: Destrave sua Inteligência Emocional, Identifique Traumas e Gerencie a Ansiedade

Parte 1: Inteligência Emocional

Avalie como você lida com suas emoções e interações sociais. Para cada pergunta, escolha a resposta que mais se aproxima de como você se sente ou age.

  1. Quando você enfrenta uma situação emocionalmente desafiadora, como você reage inicialmente?

    • (a) Tento ignorar ou evitar a situação. (0 pontos)

    • (b) Reajo de forma impulsiva, sem pensar nas consequências. (1 ponto)

    • (c) Procuro entender meus sentimentos antes de agir. (3 pontos)

    • (d) Fico paralisado e não sei como reagir. (1 ponto)

  2. Você consegue identificar e nomear suas emoções em momentos de estresse?

    • (a) Sim, consigo identificar e nomear com clareza. (3 pontos)

    • (b) Às vezes, mas nem sempre. (2 pontos)

    • (c) Não, tenho dificuldade em entender o que sinto. (1 ponto)

    • (d) Não penso nisso, apenas sigo em frente. (0 pontos)

  3. Como você reage ao receber críticas?

    • (a) Fico defensivo(a) e tento justificar minhas ações. (1 ponto)

    • (b) Aceito as críticas e reflito sobre elas. (3 pontos)

    • (c) Ignoro as críticas e sigo em frente. (1 ponto)

    • (d) Fico muito abalado(a) e me sinto desmotivado(a). (0 pontos)

Nota para esta parte:

  • 7 a 9 pontos: Você demonstra uma boa inteligência emocional, mas sempre há espaço para crescimento.

  • 4 a 6 pontos: Você está no caminho certo, mas pode trabalhar mais na autorreflexão e no controle emocional.

  • 0 a 3 pontos: É importante dedicar mais atenção ao desenvolvimento da sua inteligência emocional.

Parte 2: Traumas Intrauterinos e Infância

Reflita sobre como experiências passadas podem estar influenciando sua vida atual.

  1. Você já refletiu sobre como experiências da sua infância ou até mesmo do período intrauterino podem influenciar suas emoções e comportamentos atuais?

    • (a) Sim, e consigo identificar algumas conexões. (3 pontos)

    • (b) Sim, mas não sei como essas experiências me afetam. (2 pontos)

    • (c) Não, nunca pensei sobre isso. (1 ponto)

    • (d) Não, e não acredito que essas experiências tenham impacto. (0 pontos)

  2. Você percebe padrões repetitivos em seus relacionamentos ou comportamentos que podem estar ligados ao passado?

    • (a) Sim, e estou trabalhando para mudá-los. (3 pontos)

    • (b) Sim, mas não sei como lidar com eles. (2 pontos)

    • (c) Não, mas gostaria de explorar isso. (1 ponto)

    • (d) Não, e não acredito que isso seja relevante. (0 pontos)

Nota para esta parte:

  • 5 a 6 pontos: Você tem uma boa consciência sobre como o passado influencia o presente e está no caminho certo para a cura.

  • 3 a 4 pontos: Você está começando a explorar essas conexões, mas pode se beneficiar de mais reflexão ou apoio profissional.

  • 0 a 2 pontos: Considere buscar orientação para entender melhor como o passado pode estar impactando sua vida.

Parte 3: Ansiedade

Identifique como você lida com a ansiedade e descubra formas de gerenciá-la melhor.

  1. Quando você sente ansiedade, qual é a sua reação mais comum?

    • (a) Tento me distrair com outras atividades. (1 ponto)

    • (b) Procuro entender a causa da minha ansiedade. (3 pontos)

    • (c) Evito pensar no que está me causando ansiedade. (1 ponto)

    • (d) Fico preso(a) em pensamentos negativos e não consigo agir. (0 pontos)

  2. Você consegue identificar os gatilhos que causam sua ansiedade?

    • (a) Sim, e tento evitá-los ou enfrentá-los de forma saudável. (3 pontos)

    • (b) Sim, mas não sei como lidar com eles. (2 pontos)

    • (c) Não, mas gostaria de aprender a identificá-los. (1 ponto)

    • (d) Não, e não acredito que isso seja importante. (0 pontos)

  3. O que você faz para aliviar a ansiedade?

    • (a) Pratico técnicas de relaxamento, como respiração ou meditação. (3 pontos)

    • (b) Converso com alguém de confiança sobre o que estou sentindo. (2 pontos)

    • (c) Tento ignorar ou evitar a ansiedade. (1 ponto)

    • (d) Não faço nada e deixo a ansiedade tomar conta. (0 pontos)

Nota para esta parte:

  • 7 a 9 pontos: Você tem boas estratégias para lidar com a ansiedade e está no caminho certo.

  • 4 a 6 pontos: Você está começando a desenvolver formas de gerenciar a ansiedade, mas pode se beneficiar de mais práticas ou apoio.

  • 0 a 3 pontos: Considere buscar ajuda para aprender a lidar melhor com a ansiedade.

Reflexão Final

Some os pontos de cada parte e reflita sobre os resultados. 

Este exercício não substitui a ajuda profissional, mas pode ser um ponto de partida para entender melhor suas emoções e comportamentos. 

Se sentir necessidade, procure um terapeuta ou agende uma conversa comigo para aprofundar essas questões.

Espero que este exercício seja útil para você! 😊





Katia Rumbelsperger 
http://lattes.cnpq.br/5509934110112197em constante atualização 
E-mail.: katiaperger@gmail.com 
https://katiapsicoeduca.blogspot.com/
CRPA - 07909/09-RJ 
ARQH-k-60518-RJ
CNPJ – 14.032.217/0001-98




Comentários

Postagens mais visitadas