Resumo do Transtorno de Somatização: tratamento e mais Exercícios


Resumo do Transtorno de Somatização: tratamento e mais | Exercícios desenvolvidos por mim, Kátia Rumbelsperger


Descubra os fundamentos do transtorno de somatização, aprofunde-se nos tratamentos recomendados por Pablo Fernandes e pratique os exercícios exclusivos desenvolvidos por Kátia Rumbelsperger para promover bem-estar e autoconhecimento.

 

Impactos do Transtorno de Somatização em Diferentes Esferas da Vida

Como o transtorno de somatização pode influenciar a vida pessoal, social, acadêmica, profissional e conjugal?

O transtorno de somatização vai além da manifestação de sintomas físicos persistentes. 

Sua influência se estende a diversos campos da vida, criando desafios que afetam profundamente o bem-estar, as relações interpessoais e o desempenho em diferentes contextos.

Impacto na vida pessoal

A pessoa acometida pelo transtorno de somatização frequentemente experimenta desconforto físico constante, associado a altos níveis de ansiedade e preocupação com a própria saúde. 

Essa preocupação pode levar à restrição de atividades diárias, perda de interesse em hobbies e isolamento social. 

O sofrimento emocional é acentuado pela frustração com a persistência dos sintomas e pela sensação de não ser compreendida pelas pessoas ao redor.

Relações interpessoais

No convívio com familiares e amigos, o transtorno pode gerar tensões e afastamento. 

A busca recorrente por validação e apoio pode ser percebida pelos outros como exagero ou dramatização, ocasionando incompreensão, impaciência e desgaste emocional. 

Essa dinâmica pode enfraquecer laços afetivos e criar um ambiente de constante preocupação ou conflito.

Desempenho acadêmico

No ambiente acadêmico, estudantes com transtorno de somatização enfrentam obstáculos como dificuldade de concentração, absenteísmo devido a múltiplas consultas médicas e queda no rendimento escolar. 

A preocupação contínua com os sintomas pode ofuscar o foco nos estudos, prejudicando o aprendizado e a participação em atividades extracurriculares.

Mundo do trabalho

No contexto profissional, o transtorno pode resultar em baixa produtividade, aumento de faltas e dificuldades para cumprir prazos. 

A frequência de consultas médicas e a limitação física imposta pelos sintomas podem comprometer o desempenho, gerar conflitos com colegas e superiores, e até mesmo colocar em risco a estabilidade no emprego. 

O medo de não ser levado a sério pode dificultar a comunicação de necessidades no ambiente de trabalho.

Impacto no casamento

Nas relações conjugais, o transtorno de somatização pode provocar sentimentos de exaustão e frustração em ambos os parceiros. 

A constante preocupação com a saúde, o foco excessivo nos sintomas e a busca por cuidados podem diminuir a intimidade, aumentar o estresse e gerar conflitos. 

Em alguns casos, o cônjuge sente-se impotente diante da situação ou sobrecarregado pela responsabilidade de apoio emocional e prático.

Em suma, o transtorno de somatização é uma condição que ultrapassa o corpo e repercute em todas as dimensões da vida. 

O reconhecimento do impacto global desse transtorno é fundamental para o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento eficazes e para o fortalecimento de redes de apoio, promovendo qualidade de vida e bem-estar.


Como diria Freud,
"Quando a fala encontra limites, o corpo passa a expressar o que a mente não ousa revelar."

 

O transtorno de somatização corresponde a uma condição psiquiátrica caracterizada pela presença de sintomas físicos persistentes, acompanhados de preocupação excessiva com a saúde e busca frequente por cuidados médicos.

Embora os sintomas possam coexistir com doenças orgânicas, a intensidade da resposta emocional e comportamental é desproporcional ao quadro clínico. 

Até 90% dos pacientes permanecem sintomáticos por mais de cinco anos, o que reforça o caráter crônico do transtorno.


Conceito 

transtorno de somatização, também denominado transtorno de sintomas somáticos (Somatic Symptom Disorder – SSD) no DSM-5, é caracterizado pela presença de um ou mais sintomas físicos persistentes que geram sofrimento relevante ou interferem no funcionamento social, profissional ou pessoal do indivíduo.

O diagnóstico não se baseia apenas na ausência de explicação médica para as queixas, mas sobretudo na resposta desproporcional do paciente frente aos sintomas. Essa resposta pode se manifestar como:

  • Preocupação contínua com a gravidade dos sintomas;
  • Níveis elevados e persistentes de ansiedade em relação à saúde;
  • Gasto excessivo de tempo e energia na investigação ou manejo dessas queixas.

Para que o diagnóstico seja estabelecido, os sintomas devem estar presentes por pelo menos seis meses, ainda que sua intensidade possa variar.

Essa definição atual substituiu classificações anteriores, como somatização, hipocondria e transtorno doloroso, destacando o comportamento e a percepção do paciente diante da doença, e não apenas a ausência de explicação clínica para os sintomas.


Etiologia e patogênese  

transtorno de somatização possui origem multifatorial, resultado da interação de aspectos biológicos, psicológicos e sociais.

Não existe um único fator responsável pelo desenvolvimento do quadro, mas sim um conjunto de predisposições e condições precipitantes.

Fatores predisponentes incluem histórico de doenças crônicas na infância, experiências de negligência ou abuso (especialmente sexual), presença de transtornos psiquiátricos prévios, baixa capacidade de enfrentamento de estressores e histórico de uso de álcool ou outras substâncias.

Do ponto de vista neurobiológico, há evidências de participação genética, com estudos em gêmeos sugerindo hereditariedade parcial.

Alterações no sistema neuroendócrino e maior atividade autonômica foram associadas a sintomas como taquicardia, tensão muscular, dor difusa e alterações gastrointestinais.

No campo psicológico e comportamental, destacam-se mecanismos como:

  • Hipervigilância e amplificação das sensações corporais, levando à interpretação de sinais benignos como doenças graves;
  • Interpretação distorcida da identidade do paciente, que se percebe como doente;
  • Estratégias de enfrentamento disfuncionais, como evitação de atividades ou uso recorrente de serviços de saúde.

Modelos explicativos sugerem a atuação de três componentes principais:

  1. Predisposição (fatores genéticos, experiências precoces, traços de personalidade);
  1. Precipitação (situações de estresse, doenças médicas concomitantes, perdas ou conflitos sociais);
  1. Perpetuação (reforço dos sintomas pelo excesso de exames, afastamentos e benefícios secundários da doença).

Esse conjunto de fatores contribui para a cronificação do quadro, com manutenção dos sintomas e piora da funcionalidade mesmo na ausência de uma doença orgânica explicativa. 


Epidemiologia

transtorno de somatização apresenta prevalência estimada entre 5% e 7% na população geral, sendo mais frequente em mulheres, com uma razão aproximada de 10:1 em relação aos homens.

Em serviços de atenção primária, a proporção é ainda maior, alcançando até 17% dos pacientes atendidos, especialmente entre aqueles com síndromes funcionais como fibromialgia, síndrome do intestino irritável e fadiga crônica.

A condição pode surgir em diferentes fases da vida — infância, adolescência ou idade adulta.

Em pediatria, quadros de sintomas somáticos e relacionados correspondem a cerca de 10% a 15% das consultas em atenção primária, com dor abdominal e cefaleia sendo queixas frequentes.



Estudos sugerem também uma forte associação com comorbidades psiquiátricas, como depressão, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico e transtornos de personalidade, o que contribui para o impacto negativo do transtorno.

Apesar da alta prevalência, o diagnóstico muitas vezes é subestimado, seja pela dificuldade em diferenciar sintomas somáticos funcionais de doenças orgânicas, seja pelo estigma relacionado aos transtornos mentais.

Avaliação clínica

Sintomas dolorosos

A dor é uma das manifestações mais frequentes no transtorno de somatização.

Ela pode ocorrer em diferentes locais, como cabeça, abdome, região lombar, articulações, tórax ou pelve.

Muitas vezes, a dor é descrita de forma intensa e persistente, mas não se correlaciona com achados objetivos nos exames complementares.













.


Como disse Carl Gustav Jung, “a doença é o esforço da natureza para curar a pessoa.
Nesse contexto, os sintomas somáticos podem ser vistos como manifestações do inconsciente, refletindo conflitos internos não resolvidos e a busca por equilíbrio psíquico.

 


Sintomas gastrointestinais

Náuseas, constipação, diarreia e distensão abdominal são queixas comuns nesses pacientes.

Os sintomas costumam ser intermitentes, mudam de intensidade ao longo do tempo e frequentemente resultam em múltiplas consultas médicas e exames, sem identificação de alterações significativas.


Sintomas neurológicos e gerais

Queixas como tontura, fraqueza, desmaios, parestesias e dificuldade de concentração também fazem parte do quadro clínico.

Além disso, fadiga intensa e alterações do sono são frequentes e contribuem para a percepção de incapacidade e piora da qualidade de vida.


Manifestações cardiorrespiratórias

Dor torácica atípica, palpitações e falta de ar são relatados por muitos pacientes.

Esses sintomas geram grande ansiedade, pois costumam ser interpretados como sinais de doenças graves, levando à busca repetida por serviços de emergência.


Comportamento e impacto funcional

Além das manifestações físicas, observa-se um padrão de preocupação desproporcional com a saúde, resistência às explicações médicas e tendência a consultar diversos profissionais.

Essa dinâmica resulta em prejuízo ocupacional, acadêmico e social, agravando o sofrimento do paciente e perpetuando o ciclo de adoecimento.


Diagnóstico 

Critérios diagnósticos

O transtorno de somatização é definido pelo DSM-5 como a presença de um ou mais sintomas físicos que causem sofrimento ou limitação significativa, associados a pensamentos, sentimentos ou comportamentos excessivos relacionados a esses sintomas.

Esses critérios incluem preocupação constante com a gravidade, ansiedade elevada em relação à saúde e dedicação excessiva de tempo às queixas, com duração mínima de seis meses.


Avaliação clínica

A anamnese detalhada e o exame físico completo são indispensáveis. Deve-se investigar não apenas a localização dos sintomas, mas também seu impacto no cotidiano, a evolução temporal e a busca por cuidados prévios.

É comum identificar uma história inconsistente, baixa resposta a intervenções médicas e utilização frequente dos serviços de saúde.


Exames complementares

Os exames devem ser solicitados de maneira criteriosa, com foco em excluir condições médicas relevantes.

Investigações em excesso aumentam o risco de resultados falso-positivos, iatrogenias e reforço da percepção de doença. Muitas vezes, o paciente já passou por extensa propedêutica sem achados significativos.

Diagnóstico positivo

É importante ressaltar que o diagnóstico não é apenas de exclusão, mas sim positivo, fundamentado nos critérios psicocomportamentais do DSM-5.

A ausência de explicação médica não é obrigatória para o diagnóstico, diferentemente das classificações anteriores. A avaliação psiquiátrica é útil para identificar comorbidades, como depressão e transtornos ansiosos.


Gravidade e especificadores

O DSM-5 permite graduar o transtorno como leve, moderado ou grave, a depender da quantidade de pensamentos e comportamentos excessivos associados, bem como do número de sintomas relatados.

Há ainda o especificador “com dor predominante”, quando esse é o sintoma central do quadro.


Tratamento 

Estratégias psicoterápicas

A abordagem central no tratamento do transtorno de somatização é a psicoterapia, com destaque para a terapia cognitivo-comportamental (TCC).

Essa modalidade auxilia o paciente a reconhecer padrões de pensamentos disfuncionais, reduzir a hipervigilância em relação ao corpo e adotar estratégias mais adaptativas de enfrentamento.

Outros formatos, como psicoterapia psicodinâmica e terapias integrativas, também podem ser considerados conforme o perfil do paciente.


Manejo clínico e acompanhamento

O seguimento deve ser estruturado com consultas regulares e breves, em intervalos previamente definidos (como a cada 4 a 6 semanas), evitando atendimentos apenas em momentos de crise.

Durante as consultas, recomenda-se realizar um exame físico sucinto para validar as queixas, mas evitar excesso de exames complementares.

A relação médico-paciente deve ser pautada em escuta ativa, empatia e validação dos sintomas, prevenindo frases que minimizem a experiência do paciente.


Tratamento farmacológico

O uso de medicamentos é reservado a casos com comorbidades psiquiátricas associadas, como depressão e transtornos ansiosos.

Antidepressivos, especialmente os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) e os inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRSN), apresentam evidências de benefício.

Em contrapartida, benzodiazepínicos e opioides devem ser evitados, pelo risco de dependência e pelo potencial de reforço da percepção de doença.

Intervenções complementares

Além da psicoterapia e do uso criterioso de fármacos, práticas como atividade física regular, fisioterapia e técnicas de relaxamento podem auxiliar na redução da tensão corporal e na melhora da qualidade de vida.

A integração com equipe multiprofissional (psiquiatria, psicologia, fisioterapia e assistência social) potencializa os resultados.


Prognóstico

O curso da doença tende a ser crônico e recorrente. Estudos indicam que até 90% dos pacientes mantêm sintomas por mais de cinco anos, embora em diferentes intensidades.

Adolescentes parecem ter maior taxa de remissão quando comparados a adultos, especialmente quando recebem suporte familiar e adesão ao tratamento psicoterápico.

Fatores associados a pior evolução incluem número elevado de sintomas, presença de comorbidades psiquiátricas, uso abusivo de serviços de saúde e dificuldades de relacionamento interpessoal.

Impactos e complicações

O transtorno pode gerar prejuízos significativos na vida social e ocupacional, além de custos elevados com exames e consultas repetidas.

O risco de iatrogenia médica é elevado quando há excesso de investigações e intervenções desnecessárias.

Por outro lado, o manejo adequado, com ênfase na funcionalidade e no enfrentamento saudável, melhora a qualidade de vida e reduz a sobrecarga emocional.

 


Cada uma dessas abordagens terapêuticas oferece contribuições específicas para o tratamento do Transtorno de Somatização:

A psicanálise permite explorar conflitos emocionais inconscientes que podem estar na base da manifestação de sintomas físicos, favorecendo a compreensão profunda das origens do sofrimento.

A análise transacional auxilia na identificação de padrões de comunicação e relação que perpetuam o adoecimento, promovendo mudanças nos roteiros de vida e na forma como a pessoa se posiciona diante das próprias emoções.

A terapia de família é fundamental quando os sintomas estão relacionados à dinâmica familiar, ao possibilitar o fortalecimento das relações, o desenvolvimento do diálogo e a construção de novas formas de apoio mútuo.

A psicoterapia, de maneira geral, oferece espaço seguro para expressão de sentimentos e ressignificação de vivências, proporcionando alívio emocional e reorganização psíquica.

A neuropsicologia contribui para identificar possíveis correlações entre funcionamento cerebral e sintomas somáticos, orientando intervenções específicas e complementares ao cuidado psicológico.

Já a psicologia perinatal e pós-natal oferece suporte especializado a pessoas que vivenciam o Transtorno de Somatização em momentos de gestação ou pós-parto, contextos em que as manifestações do corpo podem se intensificar.

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é amplamente reconhecida por ajudar a modificar pensamentos disfuncionais e comportamentos de evitação, estimulando estratégias de enfrentamento mais saudáveis frente às sensações corporais e emoções difíceis.

A constelação familiar, por sua vez, pode trazer à tona questões sistêmicas, facilitando a compreensão de vínculos e repetições familiares que influenciam o adoecimento físico.

Vale ressaltar que o acompanhamento terapêutico, seja online ou presencial, oferece ao paciente acolhimento, escuta qualificada e construção de ferramentas para promover o autoconhecimento, o equilíbrio emocional e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida.

Além disso, a constelação empresarial pode ser uma ferramenta inovadora ao abordar o Transtorno de Somatização em contextos organizacionais, auxiliando na identificação de dinâmicas coletivas e padrões sistêmicos que impactam a saúde de equipes e indivíduos no ambiente de trabalho.

Essa abordagem favorece o redesenho de relações e promove ambientes mais saudáveis e colaborativos.

A heutagogia, que enfatiza a aprendizagem autodirigida, contribui para o empoderamento do paciente ao incentivar a autonomia no processo de autoconhecimento e manejo dos sintomas.

Por meio desse enfoque, a pessoa passa a ser protagonista de sua trajetória de cuidado, desenvolvendo competências para lidar com desafios emocionais e somáticos de forma ativa e reflexiva.

A andragogia, voltada ao ensino de adultos, destaca-se por favorecer a aprendizagem significativa a partir das experiências vividas, tornando o processo terapêutico mais próximo da realidade de quem busca ajuda.

Isso permite uma maior adesão às estratégias propostas e uma integração mais efetiva entre vivências, emoções e novas práticas de saúde.

Por fim, a pedagogia aplicada ao contexto terapêutico valoriza o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e cognitivas desde as etapas iniciais da vida, o que pode prevenir padrões de somatização e fortalecer recursos internos para o enfrentamento de situações adversas.

É fundamental ressaltar a importância da atuação integrada de diversos profissionais da medicina nesse contexto.

Psiquiatras e neuropsiquiatras desempenham papéis essenciais na avaliação, diagnóstico e intervenção dos aspectos neurobiológicos e emocionais relacionados ao Transtorno de Somatização, colaborando com o tratamento medicamentoso e com um olhar ampliado para os fatores comportamentais e sistêmicos.

Geriatras, por sua vez, contribuem com uma abordagem cuidadosa e especializada para pessoas idosas, considerando as particularidades do envelhecimento e a interface entre sintomas físicos e questões emocionais que podem se apresentar de forma complexa nessa fase da vida.

Ao considerarmos o cuidado integral ao longo das diferentes fases do ciclo vital, a participação dos geriatras pode ser vista sob uma perspectiva inovadora, ampliando sua atuação para além do acompanhamento da pessoa idosa.

A presença do geriatra desde o cuidado à gestante, colaborando para um olhar sistêmico sobre a saúde materno-fetal, permite integrar saberes sobre envelhecimento celular, prevenção de doenças e otimização de condições de saúde que impactam tanto a mãe quanto o bebê.

Ao recepcionar o recém-nascido em parceria com pediatras, os geriatras podem contribuir com uma compreensão profunda sobre fatores que favorecem longevidade saudável, prevenção precoce de doenças crônicas e a promoção de hábitos que ressoam por toda a vida.

Essa atuação colaborativa abre espaço para o desenvolvimento de linhas de cuidado orientadas para a manutenção da vitalidade física e emocional desde o primeiro momento de vida até o envelhecimento.

Durante o crescimento e desenvolvimento, a sinergia entre pediatras e geriatras podem oferecer um acompanhamento longitudinal, capaz de identificar precocemente riscos genéticos, ambientais ou comportamentais que impactam a longevidade.

Essa abordagem integrativa proporciona ações preventivas personalizadas, construindo um histórico de saúde detalhado e contínuo, que favorece intervenções mais eficazes em cada etapa.

A parceria dinâmica entre essas especialidades fortalece a transição dos cuidados pediátricos para os cuidados do adulto e, posteriormente, do idoso, promovendo uma cultura de saúde que valoriza a prevenção, o autocuidado e a educação em saúde desde o início da vida até a maturidade.

O resultado é a possibilidade de oferecer a uma geração inteira não apenas mais anos de vida, mas anos vividos com mais plenitude, autonomia e bem-estar, refletindo em famílias e comunidades mais saudáveis e resilientes.

Além desses especialistas, clínicos gerais, neurologistas e outros profissionais da saúde também são aliados valiosos, possibilitando um cuidado multidisciplinar que abrange a totalidade do indivíduo.

A articulação entre medicina e abordagens terapêuticas oportuniza planos de tratamento mais completos, promovendo a saúde integral e respeitando a singularidade de cada trajetória.

 




A partir da imagem da panela de pressão na cabeça, construí um  exercício de autoavaliação e reflexão para você,  abordando cada uma dessas palavras-chave. 

O objetivo é que você pense, sinta e identifique como cada uma dessas emoções se manifesta em sua vida e na sua comunicação.


Exercício: Decifrando a Panela de Pressão Interior

Material necessário: Papel e caneta, ou um caderno de anotações.

Instruções: Para cada uma das palavras abaixo, leia as perguntas e reflita sobre suas respostas. Escreva o que vier à sua mente, sem censura. Não há certo ou errado, apenas o seu entendimento.


1. CRÍTICAS

  • Pensar: Quais são as críticas que mais ouço de pessoas importantes na minha vida (pais, irmã, professores, amigos)? Quais delas eu mais "absorvo" ou acredito?

  • Sentir: Como me sinto quando sou criticada? Sinto raiva, tristeza, vergonha, ou me sinto injustiçada? Meu corpo reage de alguma forma (tensão, dor de cabeça)?

  • Agir: Como eu costumo reagir às críticas? Eu me defendo, me calo, choro, ataco de volta, ou tento entender o ponto do outro? Eu evito situações onde posso ser criticada?

2. PROBLEMAS

  • Pensar: Quais são os "problemas" que mais me preocupam no momento (escola, amigos, família, futuro)? Quais deles sinto que estão "fervendo" na minha cabeça?

  • Sentir: Que emoções esses problemas me trazem? Sinto-me sobrecarregada, impotente, ansiosa, ou com raiva por não conseguir resolvê-los?

  • Agir: O que faço quando estou diante de um problema? Eu busco soluções ativamente, me paraliso, peço ajuda, ou tento ignorá-lo na esperança de que ele desapareça?

3. MEDO

  • Pensar: Quais são os medos mais presentes na minha vida agora? Tenho medo de falhar, de ser julgada, de não ser amada, de ficar sozinha, ou de perder o controle?

  • Sentir: Como o medo se manifesta no meu corpo? Sinto um nó no estômago, tremores, coração acelerado, suor nas mãos?

  • Agir: O que faço quando sinto medo? Eu enfrento a situação, fujo dela, me escondo, ou tento me proteger de alguma forma? Eu me sinto capaz de lidar com meus medos?

4. RESSENTIMENTO

  • Pensar: Existe alguma situação ou pessoa que me fez sentir magoada ou injustiçada, e que eu ainda "guardo" esse sentimento? Eu me pego pensando repetidamente sobre o que aconteceu?

  • Sentir: Como o ressentimento se manifesta em mim? Sinto amargura, raiva contida, mágoa profunda, ou uma dificuldade em perdoar?

  • Agir: Como eu lido com o ressentimento? Eu guardo para mim, desabafo com alguém de confiança, ou busco confrontar a pessoa de alguma forma? Eu tento me libertar desse sentimento?

5. ESTRESSE EMOCIONAL

  • Pensar: Quais situações na minha vida me causam mais estresse? Sinto que estou sob muita pressão na escola, em casa, ou com meus amigos?

  • Sentir: Como meu corpo e minha mente reagem ao estresse emocional? Sinto cansaço constante, dificuldade para dormir, irritabilidade, ou problemas de concentração? Minha panela de pressão está "soltando vapor" constantemente?

  • Agir: O que faço para lidar com o estresse? Eu busco atividades relaxantes, converso sobre o que me aflige, ou acabo descontando em mim mesma ou nos outros? Eu consigo identificar os sinais de que estou estressada antes que a "panela exploda"?

6. CULPA

  • Pensar: Existe alguma situação em que me sinto culpada por algo que fiz ou disse (ou deixei de fazer/dizer)? Eu me culpo por coisas que não estavam sob meu controle?

  • Sentir: Como a culpa se manifesta em mim? Sinto remorso, vergonha, tristeza, ou a necessidade de "reparar" algo?

  • Agir: O que faço quando sinto culpa? Eu peço desculpas, tento compensar, ou me punho de alguma forma? Eu consigo me perdoar ou aprender com meus erros?

7. ANSIEDADE

  • Pensar: Quais são as situações que mais me deixam ansiosa? Penso muito no futuro, me preocupo excessivamente com o que os outros pensam, ou tenho dificuldade em relaxar e viver o presente?

  • Sentir: Como a ansiedade se manifesta no meu corpo e na minha mente? Sinto inquietação, pensamentos acelerados, dificuldade para respirar, aperto no peito, ou uma sensação de "estar sempre em alerta"?

  • Agir: O que faço quando sinto ansiedade? Eu tento me acalmar, procuro distrações, ou me sinto incapaz de controlar esses sentimentos? Eu busco estratégias para gerenciar minha ansiedade?


Para Reflexão Final:

  • Qual dessas "palavras" parece ser a mais pesada na sua "panela de pressão" neste momento?

  • Ao refletir sobre suas respostas, você percebe algum padrão em como você pensa, sente ou age?

  • Qual seria a "válvula de escape" mais saudável que você poderia usar para liberar um pouco dessa pressão interna?

Este exercício tem como objetivo trazer à tona o que está sendo "cozinhado" internamente, para que a cliente possa, com o apoio da terapia, começar a manejar melhor suas emoções e melhorar sua comunicação.

Exercício de Autoavaliação: Manejo do Transtorno Somático

Responda às afirmações abaixo considerando sua experiência nas últimas semanas.

Para cada item, atribua uma nota de 0 (nunca) a 5 (sempre).

Some os pontos ao final e confira sua pontuação.

·       1. Tenho buscado praticar atividade física regularmente para aliviar tensões corporais.

·       2. Participo de acompanhamentos com uma equipe multiprofissional (psicologia, psiquiatria, fisioterapia, assistência social, etc.).

·       3. Consigo lidar com sintomas físicos sem recorrer frequentemente a exames ou consultas desnecessárias.

·       4. Sinto apoio familiar ou de pessoas próximas na adesão ao tratamento.

·       5. Tenho buscado estratégias de relaxamento (respiração, meditação, lazer) para reduzir o estresse.

Como pontuar:

·       Para cada afirmação, marque de 0 (nunca) a 5 (sempre) conforme sua vivência.

·       Some os pontos de todas as questões (máximo 25 pontos).

Interpretação dos resultados:

·       0 a 10 pontos: Atenção! Procure fortalecer seu cuidado com a saúde e busque suporte de uma equipe multiprofissional.

·       11 a 19 pontos: Você já utiliza algumas estratégias, mas pode aprimorar o manejo saudável dos sintomas e o enfrentamento emocional.

·       20 a 25 pontos: Parabéns! Seu autocuidado está bem estruturado, favorecendo funcionalidade e qualidade de vida. Mantenha o acompanhamento regular.

 

Exercício de Avaliação dos Sentimentos

Refletindo sobre emoções e bem-estar

Responda às afirmações abaixo segundo sua experiência nos últimos quinze dias:

·       1.Consigo identificar e nomear as emoções que sinto ao longo do dia.

·       2. Compartilho meus sentimentos com pessoas de confiança quando necessário.

·       3. Reconheço situações que desencadeiam emoções intensas, como tristeza ou ansiedade.

·       4. Pratico atitudes que ajudam a lidar com sentimentos difíceis (respirar fundo, dar uma pausa, buscar apoio).

·       5. Sinto que as emoções não atrapalham minhas atividades diárias ou relacionamentos.

Como pontuar:

Para cada afirmação, marque de 0 (nunca) a 5 (sempre) conforme sua vivência.

Interpretação dos resultados:

·       0 a 10 pontos: Atenção! Busque apoio para compreender e expressar melhor seus sentimentos.

·       11 a 19 pontos: Você já tem consciência de algumas emoções, mas pode aprimorar a expressão e o manejo das mesmas.

·       20 a 25 pontos: Parabéns! Sua relação com os sentimentos está saudável, favorecendo equilíbrio emocional e bem-estar. Continue cultivando o autoconhecimento e, se necessário, mantenha o acompanhamento profissional.


Katia Rumbelsperger 
http://lattes.cnpq.br/5509934110112197em constante atualização 
CRPA - 07909/09-RJ 
ARQH-k-60518-RJ
CNPJ – 14.032.217/0001-98 
Contato: (21)96885-8565




Meus ebooks:

https://sun.eduzz.com/6W4854XO0Z - Ebook Esquizofrenia = ESTRATÉGIAS E INTERVENÇÕES PSICOEDUCACIONAIS INCLUSIVAS. Caderno de Exercícios Terapêuticos

https://sun.eduzz.com/2390633 - Desvendando às Etapas: Um Guia para Conhecer Os Nossos Filhos e Filhas de 14 anos

https://sun.eduzz.com/2158921 - CADERNO DE EXERCÍCIOS PSICOTERAPEUTICOS PARA GESTÃO DE ANSIEDADE

https://sun.eduzz.com/2055610iarumotiva - Caderno De Exercícios Terapêuticos

Psicoterapia Online - Psicoterapia Online Social





Bibliografia:



Fecundação: Os primeiros registros da matriz de todos os sentimentos de rejeição ou amor é vivido pelo ser humano, tem sua primeira experiência na FECUNDAÇÃO Por isso é necessário que a gestação seja regada de sentimentos de amor e acolhimento. Esse registro será determinante para que a pessoa apresente em sua vida características e comportamentos para toda sua vida.

Comentários

Postagens mais visitadas